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Vale: produção de minério de ferro se recupera, mas fecha 2º tri com queda de 33,8% sobre 2018

A produção de minério de ferro da Vale apresentou melhoria substancial no fim do segundo trimestre, com o aumento de embarques no Sistema Norte e a retomada das operações de Brucutu, informou hoje a empresa. O efeito combinado dos dois eventos será consideravelmente percebido no segundo semestre, afirma a Vale.
A produção de finos de minério de ferro, incluindo compras de terceiros, totalizou 64,1 mil toneladas (Mt) no segundo trimestre, 12,1% menor que no trimestre anterior e 33,8% menor do que mesmo trimestre de 2018, principalmente em função dos impactos decorrentes da ruptura da barragem de Brumadinho e de condições climáticas incomuns no Sistema Norte em abril e no início de maio.
Como resultado do sucesso do desenvolvimento do sistema S11D, de Carajás, o Sistema Norte atingiu um ritmo de produção de 215 mil tonelada por ano (Mtpa) em junho e espera produzir entre 18,5 mil toneladas e 19,0 mil toneladas por mês no segundo semestre, atingindo um ritmo de produção de 230 mil toneladas por ano.

Produção de pelotas cai 29,3%


A produção de pelotas da Vale totalizou 9,1 mil toneladas, ficando 25,5% menor que no primeiro trimestre e 29,3% menor do que no mesmo trimestre de 2018, devido principalmente à parada total das plantas de pelotização do Sistema Sul durante o trimestre, às fortes chuvas no Sistema Norte e Sudeste, bem como à manutenção nas proximidades das plantas de Tubarão.
A Vale realizou um progresso substancial em relação às 93 mil toneladas por ano de produção interrompidas no primeiro trimestre com a retomada das operações de Brucutu em 22 de junho, recuperando 30 mil toneladas por ano de capacidade de produção. Em relação às 60 mil toneladas por ano ainda interrompidas, a Vale espera a retomada gradual das 30 mil toneladas/ano de produção a seco a partir do fim deste ano, bem como o retorno no período de dois a três anos dos 30 mil toneladas/ano restantes, incluindo neste caso o processamento a úmido.
O volume de vendas de finos e pelotas de minério de ferro atingiu 70,8 mil toneladas no segundo trimestre, ficando 4,5% acima do trimestre anterior e e 18,2% abaixo do mesmo trimestre de 2018. Apesar do volume de produção menor trimestre contra trimestre, o volume de vendas aumentou 3,2 mil toneladas devido ao consumo de estoques offshore.

Previsões

Como resultado da retomada da mina de Brucutu, a Vale reafirma seu guidance de vendas de minério de ferro e pelotas para 2019 de 307-332 mil toneladas, como previamente anunciado, e informa que a expectativa atual é de que as vendas fiquem próximas ao centro da faixa.
Em decorrência do acidente de Brumadinho, ocorreu escassez de produto a ser embarcado nos Sistemas Sudeste e Sul, e, consequentemente, uma parcela dos navios programados foram redirecionados para o Terminal de Ponta da Madeira no Sistema Norte.No entanto, devido às fortes chuvas em março, abril e início de maio, a produtividade do porto e os embarques foram impactados.

Consequentemente, a fila de navios no Terminal de Ponta da Madeira aumentou substancialmente, impactando os custos e, com isso, o custo caixa. A estadia de navios no porto de São Luís aumentou de 6 dias em janeiro para um nível de pico de 32 dias em maio. A situação já está sendo normalizada com a estimativa de estadia de navios de 7 dias em julho.

Produtos premium

A participação de produtos premium[7] no total de vendas aumentou para 86% no segundo trimestre. Os prêmios de qualidade de minério de ferro e pelotas alcançaram US$ 13,2/tonelada no segundo trimestre, ante US$ 10,7 no primeiro, devido principalmente, a uma maior contribuição do negócio de pelotas.
As vendas de níquel foram de 57.500 toneladas no segundo trimestre, ficando 14,3% acima do primeiro, devido à utilização dos estoques regionais, o que compensou parcialmente a menor produção de níquel refinado que caiu em relação ao primeiro trimestre.

No trimestre, a produção de Sudbury obteve excelente desempenho operacional nas atividades de mineração, moagem e smelting, com a produção de cobre dessas minas alcançando 24,4 mil toneladas, o maior volume para um segundo trimestre desde 2016. Por sua vez, a produção de níquel refinado foi impactada por atividades de manutenção programadas e não programadas nas refinarias do Atlântico Norte. Essas manutenções já foram concluídas e a produção foi retomada nessas refinarias, que atualmente operam em ritmo normalizado.

A produção de cobre atingiu 98.300 toneladas no segundo trimestre, ficando 4,8% acima do primeiro e em linha com o segundo trimestre de 2018. A produção aumentou, principalmente, devido aos maiores teores na operação de Salobo e ao forte desempenho em Sudbury.

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