Arena Renda Fixa, Poupança

Mantega e Tombini se reúnem com Cármen Lúcia no Supremo

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, se reúnem agora à tarde com a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia. O encontro terá a participação também do advogado-geral da União, Luis Adams, e do procurador do BC, Isaac Sidney Menezes Ferreira. O objetivo é tentar evitar que o Supremo aprove o pagamento da correção dos planos econômicos dos anos 1980 e 1990 no julgamento marcado para quarta-feira.

Na semana passada, eles se reuniram com o presidente do Supremo, ministro Joaquim Barbosa, e com os ministros relatores do processo, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber.

Mantega e Tombini já teriam falado com quase todos os  ministros do Supremo para alertar para o impacto que a correção das perdas da caderneta teria sobre os bancos e sobre a economia do país. As estimativas feitas pelo Banco Central são de que o valor a ser pago pelos bancos chegaria a R$ 150 bilhões. Isso provocaria forte redução do capital dos bancos e retração das operações de crédito, prejudicando a economia como um todo.

Hoje, o ministro Marco Aurélio de Mello defendeu o adiamento do julgamento para o início do ano que vem. Já o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), autor da ação que será julgada pelo Supremo pedindo a restituição da correção dos planos econômicos, afirma que o governo exagerou no impacto da indenização, que ficaria no máximo em R$ 8,5 bilhões, considerando os poupadores que já morreram e os que não vão entrar na Justiça porque os valores são muito baixos.

O Idec diz também que a conta o BC leva em conta as perdas do Plano Collor 1, cuja indenização já teria sido negada pelo Supremo.

Artigo AnteriorPróximo Artigo