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IGP-10 desacelera para 0,49% em junho com menor pressão nos preços no atacado

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), calculado pela Fundação Getulio Vargas, subiu 0,49% em junho, percentual inferior ao apurado em maio, quando registrou alta de 0,70%. Com este resultado, o índice acumula alta de 3,78% no ano e de 6,57% em 12 meses. Em junho de 2018, o índice havia registrado elevação de 1,86% no mês e de 6,17% em 12 meses.

O IGP-10 faz parte da família dos IGPs, que inclui o IGP-M e o IGP-DI. Cada um usa um período diferente de coleta, começando no dia 1º (IGP-DI), dia 10 (IGP-10) e dia 20 (IGP-M) do mês. Todos são formados por três índices, de atacado (IPA, com peso de 60%), varejo (IPC, com peso de 30%) e construção civil (INCC, com 10%).

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,72% em junho. Em maio, a taxa havia sido de 0,84%. O IPA acumula no ano alta de 4,56% e, em 12 meses, de 7,81%. Ele serve de indicador de pressões sobre os preços no varejo e, portanto, do IPC.

Na análise por estágios de processamento das empresas, os preços dos Bens Finais caíram 0,95% em junho, após alta de 0,77% em maio. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -2,88% para -11,36%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,25% em junho. No mês anterior, a taxa foi de 0,76%.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 0,95% em maio para 0,75% em junho. A principal contribuição para o recuo da taxa do grupo partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 3,12% para 1,16%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 0,68% em junho, ante 0,56% no mês anterior.

Matérias-primas mais pressionadas

O índice do grupo Matérias-Primas Brutas avançou de 0,78% em maio para 2,67% em junho. As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: soja (em grão) (-3,74% para 3,97%), milho (em grão) (-8,06% para -0,72%) e minério de ferro (7,06% para 8,38%). Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens aves (5,12% para -0,86%), bovinos (0,58% para -1,14%) e laranja (-12,08% para -21,62%).

IPC fica quase estável em junho

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,02% em junho. Em maio, o índice havia sido de 0,47%. No ano, a alta é de 2,56% e, em 12 meses, de 4,32%.

Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram recuo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Alimentação, cuja taxa passou de 0,25% para -0,66%. Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item hortaliças e legumes, que registrou taxa de -5,75% em junho, após alta de 3,84% em maio.

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Transportes (0,94% para -0,05%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,88% para 0,41%), Despesas Diversas (0,69% para -0,31%), Comunicação (-0,09% para -0,36%) e Vestuário (0,71% para 0,38%). As contribuições para estes movimentos partiram dos seguintes itens: gasolina (2,92% para 0,11%), medicamentos em geral (2,16% para 0,72%), bilhete lotérico (34,60% para -10,56%), pacotes de telefonia fixa e internet (-0,39% para -1,51%) e roupas (0,90% para 0,43%).

Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,29% para 0,71%) e Habitação (0,26% para 0,37%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: passagem aérea (-2,08% para 11,80%) e taxa de água e esgoto residencial (0,22% para 1,04%).

Construção Civil sobe só 0,04%

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,04% em junho, após elevação de 0,31% em maio. No ano, o índice, usado na correção dos contratos de financiamento de imóveis na planta, sobe 1,47% e, em 12 meses, 3,76%.

Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de maio para junho: Materiais e Equipamentos (0,52% para 0,06%), Serviços (0,29% para 0,09%) e Mão de Obra (0,18% para 0,02%).

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