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Setor de seguros reduz projeção de crescimento no ano

O setor de seguros vai crescer menos que o esperado este ano, conforme dados da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg). A projeção passou para 4,7% a 6,9%, ante 4,5% a 7,1% esperados em fevereiro, segundo publicação da CNseg. A nova taxa tem relação direta com a perspectiva de menor evolução da carteira de seguro de automóvel – com intervalo de 0,5% e 3,5% de alta no ano, ante 5,4% a 7% na projeção anterior.

O seguro de automóvel é a principal carteira de danos e responsabilidade e segue a trajetória de desaceleração nas vendas de automóveis novos no ano. Em 2018, a receita do mercado alcançou R$ 445,16 bilhões. “O aumento das incertezas, tanto na economia brasileira quanto em escala global, torna as projeções um desafiador exercício”, afirma Marcio Coriolano, presidente da CNseg.

A nova projeção considera também um crescimento menor dos seguros de pessoas. Pelo estudo, enquanto os planos de acumulação (PBGL e VGBL) mantêm a trajetória de expansão inalterada no ano (5,5% a 6%), acredita-se em alta menor dos prêmios estimados dos planos de risco (agora de 3,2% a 8,8% ante os 6,9% a 9,4% previstos anteriormente). 

Dependendo do comportamento de algumas das principais variáveis macroeconômicas, há dois cenários possíveis – otimista ou pessimista- projetados para a atividade seguradora. No melhor cenário (de alta de 6,9%), o PIB cresceria 1,3% no ano; a produção industrial teria alta real de 1,57%; a Selic recuaria para 6% ao ano; o câmbio ficaria em R$ 3,61; e a inflação oficial seria de 3,80% medida pelo IPCA.

No quadro pessimista (alta de 4,7%) do setor segurador, considera-se a aprovação da reforma da Previdência incompleta; a desvalorização mais acentuada do câmbio; juros básicos em trajetória de alta; e crescimento da economia abaixo do observado em 2018.S

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