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Magnetis monta fundos e reduz mínimo de investimento com robôs para R$ 1 mil

A Magnetis Investimentos, fintech que oferece consultoria automatizada, os chamados robôs advisors, que aplicam automaticamente os recursos dos investidores, reduziu a aplicação mínima de R$ 10 mil para R$ 1 mil a partir de hoje. Para isso, criou três fundos de investimento que vão receber os valores mais baixos, já que com R$ 1 mil é inviável montar carteiras diversificadas aplicando diretamente nos fundos de grandes gestores ou em papéis de bancos. A Magnetis não aplica no Tesouro Direto. As aplicações seguintes poderão ser de R$ 100,00.

Os fundos serão: um de renda fixa de baixo risco, estilo DI; um fundo de fundos multimercados, que comprará ações de outros como Az Quest, Exploritas, Adam e Truxt; e um fundos de ações que investirá em ETFs, fundos de índices com cotas em bolsa, como o BRAX11 (que reproduz o índice IBrX-100), o SMAL11 (Índice Small Caps) e BOVA11 (Índice Bovespa).

A gestora explica que os fundos permitem o investimento nos mesmos ativos que antes eram recomendados pelo algoritmo da Magnetis e outros que antes não era acessíveis, por conta justamente do valor mínimo exigido pelos produtos diretamente. Em uma das carteiras sugeridas, seria preciso R$ 500 mil para ter acesso aos fundos multimercados indicados pelo algoritmo, que estarão agora disponíveis no fundo de R$ 1 mil, diz a Magnetis.

Aplicação automática

A Magnetis oferece serviço de aplicação automática dos recursos usando algoritmos, fórmulas matemáticas que definem estratégias a partir dos objetivos fornecidos pelo investidor. Para isso, o investidor preenche um formulário com seu perfil e define o horizonte de investimentos e abre uma conta na corretora Easynvest, parceira da empresa, para a qual deve ser transferido o dinheiro. Depois, com o dinheiro na corretora, o cliente autoriza e o sistema da Magnetis aplica automaticamente os valores. No caso dos fundos, o sistema distribuiu os valores entre as três carteiras de acordo com o perfil do cliente.

Isenção de tarifas

Para promover a mudança, a Magnetis está isentando os clientes novos e antigos da taxa de consultoria, de 0,40% ao ano sobre o valor investido, para os primeiros R$ 5 mil aplicados. Além da taxa da Magnetis, o investidor paga a taxa de administração dos fundos e os demais custos com corretagem e custódia envolvidos nas aplicações. A empresa estima esse custo total nas aplicações diretas em 0,85% ao ano, comparado a 1,72% nos bancos, conforme cálculos da própria Magnetis.

Taxas de administração dos fundos

As taxas de administração dos fundos variam de 0,30% na renda fixa a 0,5% em ações e multimercados. Somando a taxa cobrada pela Magnetis, o custo total dos investidores ficará em torno de 1% ao ano. O resgate do multimercados será apenas 32 dias após o pedido. Já no de ações, será 4 dias úteis depois.

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O objetivo da gestora é atingir uma faixa de público de menor renda e entregar – já a partir de R$ 1 mil – a mesma diversificação que antes era restrita a clientes que começavam a investir com R$ 10 mil. “Na nova estrutura, damos acesso a investimentos de qualidade, mantendo o nosso foco em oferecer carteiras verdadeiramente diversificadas”, diz Luciano Tavares, presidente da Magnetis. “Sabíamos que a aplicação mínima de R$ 10 mil limitava o acesso de muitos investidores”, diz.

O investimento mínimo exigido pelos produtos usados para compor as carteiras era um fator que limitava a redução da aplicação inicial nas carteiras. “Há alguns meses começamos a estudar a possibilidade de criar uma estrutura de fundos de investimento para permitir o acesso às mesmas aplicações, mas com mais flexibilidade em relação ao investimento mínimo”, explica Tavares.

Fundos investirão usando algoritmos

Os fundos Magnetis Diversificação em Renda Fixa, Magnetis Diversificação em Multimercados e Magnetis Diversificação em Ações têm seus investimentos selecionados pelos algoritmos para Magnetis para cada classe de ativos. Além disso, os clientes com carteiras acima de R$ 10 mil continuarão a investir em renda fixa também diretamente via títulos privados de renda fixa, como CDBs e LCIs, mantendo o benefício da proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que cobre valores até R$ 250 mil por CPF e por banco, até o teto de R$ 1 milhão.

Opção para chegar ao pequeno investidor

Fundos de investimento são a opção para as assessorias que usam robôs para permitir aplicações de menor valor diante da aplicação mínima exigida em alguns papéis. CBDs e LCI costumam exigir mínimos de R$ 5 mil a R$ 10 mil, o que inviabilizaria a diversificação.

Por isso, a gaúcha Warren já começou oferecendo fundos para os clientes, o que permitiu aplicações a partir de R$ 100,00. A Verios, outra empresa de robôs advisors, por sua vez, tem valor inicial mínimo de R$ 12 mil para fazer as compras de papéis diretamente, sem uso de fundos. A discussão sobre fundos é que, neles, todos os investidores têm a mesma gestão, padronizada. O robô, portanto, faz apenas a divisão do valor por estratégia de cada fundo. No caso da Magnetis, a gestão do fundo também seguirá o algoritmo.

No começo, R$ 100 mil

Em 2015, a Magnetis lançou o serviço com aplicação mínima de R$ 100 mil. Ainda naquele ano, o valor inicial exigido caiu para R$ 50 mil e depois para R$ 25 mil. Em 2016, para 15 mil. Desde abril de 2017 o investimento inicial exigido estava em R$ 10 mil.

Robôs não fazem feio

As carteiras sugeridas pelos robôs da Magnetis sofreram no primeiro semestre deste ano, especialmente as mais diversificadas. A carteira 1, mais conservadora, acumulou 3,41% no semestre, ou 107%, do CDI. A 2 rendeu mais, 3,86%, ou 122% do CDI. Já a 3, que já começa a ser mais diversificada, acumulou 2,57%, ou 81% do CDI. A carteira 4 rendeu 1,95%, ou 61% do CDI, e a 5, 1,14%, ou 36% do CDI. Diante da instabilidade dos mercados e das perdas de muitos gestores renomados, os resultados não são tão ruins assim.

Já em 12 meses, o resultado é melhor: todas superam o CDI, com a Carteira 1 rendendo 107% do referencial, a 2, 120%, a 3, 129%, a 4, 149% e a 5, 162%.

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