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Indicador de Atividade do BC, IBC-Br cai 0,16% em julho, mas resultado trimestral aponta melhora no 3º trimestre

O Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) referente a julho caiu 0,16% em relação a junho, já sem efeitos sazonais, abaixo das projeções do mercado, que trabalhava com algum aumento ou queda de até 0,1 por cento. Em junho, ele havia subido 0,3% sobre o mês anterior e caído 1,4% sobre o mesmo mês de 2018. O Banco Fator trabalhava com alta de 0,07% no mês e de 0,84% em 12 meses. Já a LCA esperava alta de 0,1% no mês.

Sobre o mesmo mês do ano anterior, o índice subiu 1,31%. No trimestre, o IBC-Br acumula alta de 0,31 por cento. No acumulado do ano, a alta do índice é de 0,78 por cento e, em 12 meses, de 1,07 por cento.

O índice serve para antecipar o desempenho do Produto Interno Produto calculado pelo IBGE, e que demora mais para ser divulgado.

Para Sérgio Vale, economista-chefe da consultoria MB Associados, o IBC-Br veio em linha com a expectativa do trimestre, que é de alta de 1,2% na comparação interanual. Com essa alta, o PIB do terceiro trimestre cresceria 0,5% em relação ao trimestre anterior. “Eu diria que há espaço para uma tímida retomada neste fim de ano, mas ainda com riscos relevantes, especialmente por conta do cenário internacional”, diz.

Já a Rosenberg Associados destaca que, apesar dos resultados mais fortes do comércio e serviços, o Índice de Atividade Econômica recuou em julho. Mas a média móvel trimestral passou de -0,9% em maio para -0,1% em junho e +0,9% em julho, numa clara tendência de melhora.

Em relação a julho do ano passado, a expansão foi também mais expressiva do que a antecipada pelo mercado (+1,3%, contra mediana de +1,0% na Bloomberg/Agência Estado). Com o resultado, a variação acumulada em 12 meses permaneceu em 1,1%, enquanto a variação acumulada no ano avançou de 0,7% para 0,8%.

Para a Rosenberg, os números indicam que as sinalizações para o terceiro trimestre do ano são benignas, afastando a perspectiva de desempenho negativo e apontando para um crescimento mais próximo de 0,5%, na comparação mensal.

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