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IGP-M cai 1,15% na segunda prévia do mês e aponta deflação em dezembro; atacado recua 1,74%

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) caiu 1,15% na segunda prévia de dezembro, percentual inferior à queda de 0,35% registrada em novembro. A informação é da Fundação Getulio Vargas (FGV). O dado mostra que a inflação medida pelo indicador usado na correção dos aluguéis poderá ser negativa em dezembro, reforçando a tendência de menor pressão e juros baixos na economia por mais tempo.

Atacado cai com produtos industriais

A queda do IGP-M na segunda prévia reflete o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA, que representa 60% do índice), que passou de -0,62% no mesmo período de novembro para -1,74% em dezembro. No ano, o IPA acumula alta de 9,35%, mesmo percentual de 12 meses.

Os produtos agropecuários caíram 1,19% em dezembro, para 2,25% no mês anterior. Já os industriais acentuaram a queda, para 1,92% em dezembro, ante -0,08% em novembro.

Ainda nos preços no atacado, a taxa do grupo Matérias-Primas Brutas intensificou a queda passando de -1,24% em novembro para -2,51% em dezembro. Contribuíram para o recuo da taxa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (3,51% para -4,78%), laranja (4,90% para -7,26%) e mandioca (aipim) (8,56% para -1,28%). Em sentido oposto, destacam-se os itens milho (em grão) (-7,74% para 1,14%), soja (em grão) (-5,60% para -3,64%) e bovinos (-0,94% para 1,14%).

Preços ao consumidor têm deflação

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC, que tem peso de 30% no índice geral) caiu -0,05% no segundo decêndio de dezembro, ante 0,11%, no mesmo período do mês anterior. No ano e em 12 meses, o IPC sobe 4,08%.

Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Transportes (0,15% para -1,09%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o item gasolina, cuja taxa passou de -0,08% para -5,50%.

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Alimentação (0,56% para 0,25%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,41% para 0,06%) e Vestuário (0,21% para 0,09%). Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos itens hortaliças e legumes (17,20% para 5,70%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,22% para -1,37%) e roupas (0,42% para 0,08%).

Em contrapartida, apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Habitação (-0,53% para -0,21%), Educação, Leitura e Recreação (0,12% para 1,13%), Despesas Diversas (-0,01% para 0,24%) e Comunicação (0,12% para 0,15%). Nestas classes de despesa, os maiores avanços foram observados nas taxas dos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (-3,08% para -2,11%), passagem aérea (2,08% para 19,01%), tarifa postal (0,56% para 3,49%) e pacotes de telefonia fixa e internet (0,49% para 0,63%).

Construção Civil em baixa

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,10% na segunda prévia de dezembro. No mês anterior, este índice havia registrado alta de 0,28%. No ano e em 12 meses, o INCC sobe 3,94%.

O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços subiu 0,21%, registrando desaceleração em comparação a novembro, quando foi de 0,62%. O índice que representa o custo da Mão de Obra não registrou variação pelo segundo mês consecutivo.

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