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IGP-DI desacelera para 0,26% em outubro com menor pressão do atacado; alta em 12 meses é de 10,51%

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,26% em outubro, menos que no mês anterior, quando alta havia sido de 1,79%, informou hoje a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com este resultado, o índice acumula alta de 8,83% no ano e de 10,51% em 12 meses. Em outubro de 2017, o índice havia subido 0,10% e acumulava queda de 1,07% em 12 meses. A inflação menor se deve à desaceleração dos preços no atacado, que representam 60% do índice e subiram 0,17%. Os preços ao consumidor, com 30% de peso, subiram 0,48% e os da construção, com 10% de peso, se elevaram em 0,35%.

IPA desacelera com queda nos preços agropecuários

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) desacelerou de 2,54% em setembro para 0,17% em outubro. Com isso, o IPA sobe 11,55% no ano e 13,94% em 12 meses. O IPA Agropecuário passou de alta de 2,11% em setembro para queda de 1,08% em outubro, e ajudou a derrubar a inflação no atacado. Já o IPA Industrial desacelerou de 2,69% para 0,59% em outubro.

Matérias-primas perdem fôlego

Na análise por estágios de processamento das empresas, a taxa do grupo Bens Finais variou 0,65% em outubro após registrar alta de 1,55% em setembro. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 9,46% para -2,82%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,75% em outubro, ante alta de 0,87% em setembro.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 2,92% em setembro para 1,07% em outubro. O principal responsável por esta desaceleração foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 9,71% para 1,56%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 0,98% em outubro, ante 1,74% no mês anterior.

No estágio das Matérias-Primas Brutas a variação foi de -1,49% em outubro. Em setembro, a taxa havia subido 3,25%. Contribuíram para o recuo da taxa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (8,42% para -1,82%), soja (em grão) (5,43% para -3,53%) e milho (em grão) (1,74% para -7,92%). Em sentido oposto, vale citar café (em grão) (-1,94% para 4,61%), cana-de-açúcar (-0,56% para 0,70%) e mandioca (aipim) (0,46% para 3,09%).

Preços ao consumidor aceleram com Alimentos

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,48% em outubro, ante 0,45% no mês anterior. No ano, o IPC sobe 4,20% e, em 12 meses, 4,80%. Duas das oito classes de despesa aceleraram a variação. A principal contribuição para o avanço da taxa do IPC partiu do grupo Alimentação (0,16% para 0,86%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de -4,09% para 19,92%.

Também apresentou acréscimo em sua taxa de variação o grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,30% para 0,51%). Nessa classe de despesa, a principal influência observada partiu do item artigos de higiene e cuidado pessoal, cuja taxa passou de -0,04% para 0,98%.

Conta de luz recua e segura a inflação

Em contrapartida, os grupos Habitação (0,36% para -0,06%), Transportes (1,09% para 0,82%), Educação, Leitura e Recreação (0,59% para 0,48%), Despesas Diversas (0,18% para 0,05%), Vestuário (0,63% para 0,56%) e Comunicação (0,18% para 0,17%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, os maiores recuos foram observados nos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (0,64% para -0,90%), gasolina (4,08% para 1,93%), passeios e férias (3,81% para 2,16%), alimentos para animais domésticos (1,85% para 0,03%), blusa feminina (1,33% para 0,45%) e pacotes de telefonia fixa e internet (0,75% para 0,51%).

Núcleo do IPC sobe 0,36%

O núcleo do IPC, que exclui os itens com altas ou baixas mais fortes, registrou taxa de 0,36% em outubro, ante 0,37% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 39 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 24 apresentaram taxas abaixo de 0,09%, linha de corte inferior, e 15 registraram variações acima de 0,96%, linha de corte superior. Em outubro, o índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, foi de 66,57%, ficando 4,14 pontos percentuais acima do registrado em setembro, quando o índice foi de 62,43%.

Construção Civil sobe 0,35% em outubro

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,35% em outubro, contra 0,23% no mês anterior. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços ficou em 0,57%. No mês anterior, a taxa havia subido 0,44%. O índice que representa o custo da Mão de Obra variou 0,16% em outubro. No mês anterior, este índice registrou taxa de 0,06%.

 

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