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Bolsas nos EUA batem recorde e petróleo sobe 5% com tensão EUA/Irã; índice brasileiro de ações sobe 2%

As bolsas americanas fecharam em alta hoje, feriado de Corpus Christi no Brasil, repercutindo as informações do Federal Reserve (Fed, banco central americano) indicando que os juros podem cair nos próximos meses. Já novas tensões entre EUA e Irã derrubaram os juros americanos e pressionam o petróleo e o ouro. O Índice Standard & Poor’s 500 bateu recorde de pontos durante o dia, com 2.956,20 pontos, e fechou em 2.954 pontos, também recorde para um fechamento, em alta de 0,95%. O Dow Jones subiu 0,94% e o Nasdaq, 0,80%.

Ontem, o Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Fed decidiu manter os juros básicos entre 2,25% e 2,50% ao ano, mas deixou aberta a possibilidade de reduções, dependendo da fraqueza da economia, principalmente pelos desdobramentos da guerra comercial entre EUA e China. A expectativa é que algum tipo de negociação avance na reunião do Grupo dos 20 países mais desenvolvidos (G-20) no Japão no fim deste mês. O presidente americano, Donald Trump, disse esta semana que conversou com o colega Xi Jin Ping e marcaram uma reunião para acertar as disputas durante o G-20.

Hoje, porém, novas tensões geopolíticas mexeram com o mercado. O presidente Donald Trump ameaçou o governo iraniano após a derrubada de um drone dos EUA no espaço aéreo do Irã. Segundo Trump, o Irã “cometeu um erro muito grande”. Questionado se o governo americano vai revidar, Trump afirmou que “logo você vai descobrir”.

As declarações fizeram o preço do petróleo disparar. O barril do tipo WTI, negociado em Nova York subiu 5,80%, para US$ 56,88. O ouro também subiu, 3,6%, fechando em seu maior preço desde 2013, outro sinal de busca por proteção do mercado. Os juros dos papéis de 10 anos dos EUA também recuaram, para 2% ao ano. E o dólar recuou diante de outras moedas, como euro e o iene.

ETF brasileiro sobe 2%

No Brasil, os mercados não funcionaram por conta do feriado. Dessa forma ficará para amanhã a repercussão da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que ontem, depois do fechamento, manteve os juros em 6,5%, mas deu a entender que pode cortar os juros após a aprovação da reforma da Previdência. O cenário externo também é favorável à bolsa brasileira, que fechou ontem a 100.300 pontos, novo recorde, mas muito longe do que seria o recorde de 2008 corrigido pelo dólar. Pela moeda americana, o Ibovespa teria de subir para 150.000 pontos para igualar o recorde de 2008.

Mas é possível acompanhar o desempenho dos papéis brasileiros no exterior, pelo fundo com cotas negociadas em bolsa (ETF) EWZ, que copia o índice MSCI Brasil. Ele subiu hoje 2,12%. Já o Dow Jones Brazil Titans 20, que reúne as 20 principais empresas brasileiras, fechou em alta de 1,93% em Nova York.

O minério de ferro seguiu em alta, o que beneficia os papéis da Vale. Na Globex, a tonelada do minério para julho subiu 0,95% e acumula no mês 9,67%. Com isso, o recibo de ações (ADR) da Vale em Nova York subiu 1,33% hoje. O ADR da Petrobras subiu 2,70%, indicando que o mercado brasileiro pode subir amanhã.



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