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Amigo do Bolso: Amigo Secreto é saída dos consumidores para economizar no Natal, mostra pesquisa

Uma tradição das empresas para promover a integração entre seus funcionários e criar alguma animação nas festas de confraternização de fim de ano, o Amigo Secreto virou a saída para as famílias economizarem nos presentes. Também chamado de Amigo Oculto em algumas partes do país, o sorteio limita os presentes a um por pessoa, e pode estabelecer limites de gastos, garantindo ainda que todos ganhem alguma coisa, mesmo aquele tio chato ou aquela prima fofoqueira.

Um terço vai participar

Pesquisa Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo SPC Brasil em 27 capitais mostra que pouco mais de um terço, ou 34%, dos brasileiros que vão comprar presentes neste fim de ano devem participar ao menos de um Amigo Secreto. Desses, 47% vão usar a estratégia para gastar menos. Já 50% participam por gostarem desse tipo de interação, enquanto 13% entram no jogo para não serem considerados antissociais pelas demais pessoas.

Os que vão ficar de fora desse tipo de evento somam 45% dos entrevistados que vão comprar presentes este ano, ao passo que 21% ainda não se decidiram. Para quem não pretende participar da confraternização, apenas 11% alegam razões financeiras. A maior parte vai ficar de fora por não gostar da brincadeira (48%) ou por falta de costume (37%).

Festa de R$ 5,1 bi com média de R$ 60 por presente

Em média, cada entrevistado vai participar de um ou dois amigos secretos, mas 10% devem entrar em três ou mais confraternizações. Os eventos mais citados são familiares (71%) e grupos de convivência, como colegas de trabalho (35%) e amigos (35%). Neste ano, o gasto médio por presente deve ficar em R$ 59,49. Dessa forma, estima-se que a brincadeira deve injetar aproximadamente R$ 5,1 bilhões na economia com a compra de presentes.

Amigo do bolso

Na avaliação do educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, ao estipular um teto financeiro a ser gasto pelos participantes com a compra de presentes, a brincadeira do amigo secreto serve de aliado para proteger as finanças pessoais. “O amigo secreto é uma excelente forma de economizar e, ao mesmo tempo, manter viva a tradição de presentear pessoas queridas”, diz o educador. Além disso, a confraternização coletiva resolve a obrigação de ter de presentear várias pessoas já que cada um se encarrega de apenas um participante e, no fim, ninguém fica sem presente. “O foco deste tipo de brincadeira não é o valor financeiro em si dos presentes, mas a união e isso estimula as pessoas a usarem a criatividade para presentear sem estourar o custo combinado”, afirma Vignoli.

Manere os amigos

Apesar de a brincadeira ter seu lado positivo para as finanças, Vignoli faz um alerta para as pessoas que participam de vários amigos secretos. “O que à primeira vista parece vantajoso para economizar pode ficar caro se o consumidor decidir entrar em todos os amigos secretos do seu círculo de convivência”, diz. A dica é participar apenas de amigos secretos em que o preço é estipulado com antecedência e analisar se esse dinheiro não fará falta no seu orçamento neste fim de ano, orienta Vignoli.

Pesquisa ouviu 607 pessoas

Inicialmente foram ouvidas 761 pessoas nas 27 capitais para identificar o percentual de quem pretendia ir às compras no Natal e, depois, a partir de 607 entrevistas, investigou-se em detalhes o comportamento de consumo no Natal. A margem de erro é de 3,5 e 4,0 p.p, respectivamente, para um intervalo de confiança de 95%.  Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas

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