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OMC autoriza Trump a aumentar tarifas sobre bens da Europa e bolsas despencam; Ibovespa cai 2,4%, para 101 mil pontos

As bolsas de valores internacionais acentuaram as perdas hoje, depois da informação de que a Organização Mundial do Comércio (OMC) autorizou o governo do presidente Donald Trump a aumentar as alíquotas de importação de produtos da União Europeia. A decisão foi tomada em uma reclamação movida pelos EUA, que acusava os europeus de subsidiar a Airbus. A estimativa é que a decisão pode atingir US$ 7,5 bilhões em importações europeias para os Estados Unidos, o que deve piorar ainda mais a situação da claudicante economia da União Europeia.

O mercado já tinha aberto em queda por conta dos dados de emprego do setor privado nos Estados Unidos divulgados pela empresa de processamento ADP, e que ficaram abaixo do esperado em setembro. Com isso, os índices de ações da Europa estão em forte queda. O índice Euro Stoxx 600 cai 2,57%, com o DAX, de Frankfurt, recuando 2,47%, o CAC, de Paris, 2,89% e o Financial Times, de Londres, 3,22%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones perde 1,93%, o Standard & Poor’s 500, 1,84% e o Nasdaq, 1,70%. O Índice Global Dow recua 2,70%.

Ouro sobe e juro de 10 anos nos EUA cai

Já os ativos vistos como proteção estão em alta. O ouro sobe 1,12% em Nova York e os títulos de 10 anos do Tesouro dos EUA estão com seus preços em alta pela forte procura, o que derruba os juros. O papel pagava há pouco 1,59% ao ano, 0,04 ponto percentual menos que ontem.

Ibovespa volta para os 101.500 pontos e só três papéis sobem

No Brasil, o Índice Bovespa cai 2,4%, para 101.500 pontos, com os principais papéis em forte queda. Petrobras PN cai 2,36%, Itaú Unibanco PN, 2,66%, Bradesco PN, 3,26%, Vale ON, 3,23% e Banco do Brasil ON, 3,16%.

A maior queda do índice é de Gerdau PN, com 3,74% de baixa, seguida de Eletrobras PNB, com menos 3,69%. Somente três papéis do índice sobem, Marfrig ON, 1,29%, Ultrapar ON, 0,57% e Raiadrogasil ON, 0,22%.

Já o dólar está em queda, de 0,4 por cento, vendido a R$ 4,146 no mercado comercial. Os juros futuros na B3 sobem, com o contrato para janeiro de 2025 projetando 6,66 por cento ao ano, 0,02 ponto percentual mais que ontem.

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