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Dólar bate recorde no ano de R$ 4,13 com guerra comercial no radar

O dólar comercial atingiu há pouco R$ 4,13 para venda, alta de 1,32% sobre o fechamento de ontem, e a maior cotação do ano, em meio ao aumento das tensões internacionais após a China anunciar o aumento de tarifas sobre US$ 75 bilhões em importações dos EUA. A medida foi uma resposta aos anúncios do presidente americano Donald Trump, de que elevaria as tarifas sobre US$ 300 bilhões de importações da China em setembro e em 15 de dezembro. O receio dos investidores é de que a guerra comercial reduza o comércio mundial e agrave o cenário de desaquecimento global.

Segundo Pablo Stipanicic Spyer, diretor da corretora Mirae Asset, o real é a moeda que mais se desvaloriza entre os emergentes hoje. “O dólar voltou para o nível de um ano atrás, e está no maior nível deste ano”, diz. O movimento reflete os efeitos da decisão chinesa de retaliar o governo americano, que aumentou o estresse dos investidores, afirma.

Ele lembra também que, ontem, o relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati, avisou que ia atrasar a entrega do texto para a semana que vem. “Hoje, a coisa mais importante no Brasil é a reforma da Previdência, e um atraso nisso puxa o dólar para cima e a bolsa para baixo”, diz.

No mercado turismo, o dólar é vendido a R$ 4,30, alta de 1,65%, acompanhando a alta do dólar comercial.

Nos juros futuros da B3, os contratos para janeiro de 2023 projetam juros de 6,47% ao ano, ou 0,10 ponto mais que ontem.

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