Contra fraudes em fundos, Abrapp sugere autorregulação, nova lei e punições mais duras

A Abrapp criou um código de autorregulação para tentar evitar a repetição de casos como os de desvios de recursos dos fundos de pensão de estatais, estimados em R$ 8 bilhões, conforme denúncias da Operação Greenfield. Além do código, a entidade defende a aprovação de leis com punições mais duras para quem cometer fraudes e uma nova regulamentação para o setor que reduza as indicações políticas para os fundos. Outra proposta é fortalecer a Previc.

Café na Arena: quase um milhão de empregados recusam dinheiro das empresas para aposentadoria, diz Abrapp

Ao menos 900 mil pessoas que trabalham em empresas que possuem fundos de pensão deixam de receber dinheiro extra das companhias por não participarem dos planos de previdência que elas oferecem. A estimativa é de José Ribeiro Pena Neto, presidente da Abrapp. Em entrevista ao Café na Arena, ele falou sobre o déficit do setor, os desvios de recursos, as falhas dos representantes dos funcionários e a necessidade de melhorar as regras dos fundos de pensão.

Senado aprova regras mais rígidas para gestores de fundos de pensão de estatais

O plenário do Senado aprovou na quarta-feira um projeto de lei que muda as regras para escolha de gestores dos fundos de pensão das empresas estatais e outros órgãos públicos. O texto regulamenta as atribuições dos dirigentes desses fundos e impede que eles sejam ligados a diretórios de partidos políticos. O objetivo é reduzir a influência de partidos políticos nas indicações para cargos de direção nesses fundos. A Abrapp defende mudanças no texto, como um prazo mínimo para os dirigentes, para evitar gestões visando apenas o curto prazo.

Revista acusa ex-ministro da Previdência de aparelhamento de fundos de pensão para beneficiar PT

Reportagem da revista IstoÉ desta semana agitou o setor de fundos de pensão e a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), responsável pela fiscalização dos fundos de previdência fechados. Segundo a revista, com base em informações que teriam sido obtidas na Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga os fundos de pensão, o ex-ministro da Previdência e hoje secretário especial de Previdência, Costa Gabas, teria “aparelhado” a Previc com pessoas de sua confiança para exercer influência sobre os principais fundos de pensão do país e fazer negócios que beneficiariam o Partido dos Trabalhadores (PT). O caso teria conexões com as investigações da Operação Laja Jato.