Copom mantém os juros básicos em 14,25% ao ano e cita inflação ainda alta

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a taxa básica de juros da economia em 14,25% ao ano. A decisão já era esperada pelo mercado, em virtude da alta da inflação no mês de maio e pela troca de comando da instituição, com a saída de Alexandre Tombini e a posse ainda a ser oficializada de Ilan Goldfajn.

Pesquisa mostra aposta na manutenção da Selic em 14,25% amanhã

Pesquisa feita pela corretora britânica Tullett Prebon com 48 participantes de mercado mostra que a grande maioria, 45 dos consultados, acredita na manutenção dos juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) que começou hoje e termina amanhã. A taxa básica Selic está em 14,25% e esta será a terceira reunião sem reajuste, apesar de a inflação oficial, o IPCA, continuar em alta, devendo superar 10% ao ano no acumulado de 2015, bem acima do limite da meta de 6,5%.

Stuhlberger aposta em BC reduzindo juros até o fim do ano

Segundo relatório enviado aos clientes, o gestor do fundo Verde, Luís Stuhlberger diz que aproveitou a estabilidade artificial do dólar em relação ao real, mantida pelo Banco Central, e o ambiente global temporariamente tranquilo para as economias emergentes e fez aplicações “que se beneficiam de um eventual corte de juros pelo BC nas próximas reuniões do Copom”.

Relatório de inflação do BC reforça aposta em nova alta do juro em maio

O relatório de inflação do Banco Central (BC) aumentou a expectativa do mercado de que a taxa de juros pode subir em abril e também em maio, por conta da preocupação com a alta da inflação. Para analistas e economistas, a elevação da expectativa do IPCA deste ano, de 5,6% para 6,1%, coloca a inflação muito perto do teto da meta, de 6,5%. Assim, a reação do BC pode ser manter a alta dos juros por mais uma reunião pelo menos.

Ata do Copom fala em manutenção de alta dos juros, mas cita defasagem de efeitos

A transmissão dos efeitos das elevações da taxa básica de juros, a Selic, para a inflação este ano ocorrem com defasagens. A avaliação está na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada hoje pelo Banco Central (BC). A observação pode indicar um ritmo menor de ajuste nos juros nas próximas reuniões, apesar de o BC reafirmar as preocupações com as projeções de inflação acima do centro da meta.

LCA vê Selic a 10% por conta da alta do dólar e possível aumento da gasolina

A consultoria elevou sua projeção para o juro básico no fim deste ano de 9,5%, que é também a média do mercado, para 10%, prevendo que os impactos na inflação farão com que o IPCA suba para 6% no fim do ano, perigosamente perto do teto da meta do BC, de 6,5%. O mercado trabalha com um IPCA perto de 5,5%, apesar da alta do dólar, e o movimento da LCA pode ser acompanhado por outras instituições.

BC deve iniciar ciclo de alta dos juros hoje, e dúvida é até onde ele vai

A maioria das apostas é de uma alta de 0,5 ponto, como forma de recuperar a credibilidade do BC. Já quanto ao total do aumento de juros, a maioria dos analistas trabalha com um ajuste de 1,25 ponto a 1,5 ponto percentual, o que colocaria a Selic entre 8,5% e 8,75%, este último o menor nível da era Lula. Mas alguns analistas temem que os juros não parem por aí.