Artigo: Liberalismo à brasileira, o Estado que nasceu antes da Sociedade

Para entender o Brasil e sua dinâmica econômica e politica, é fundamental observar que uma das características mais profundas do país é, exatamente, a alternância de protagonismo entre Estado e Mercado. Nossa sociedade flerta constantemente, alternativamente e desde sua fundação, com o liberalismo econômico e, ao mesmo tempo, com uma forte ação do Estado como motor do desenvolvimento econômico e essa relação é bilhantemente analisada no paper “Maos Visíveis e Invisíveis na Construção do Estado Moderno”, do doutor em ciências políticas e professor Eduardo Raposo.

Artigo: em termos de carreira, é melhor ser “booksmart” (estudioso) ou “streetsmart” (esperto)?

Pessoas altamente qualificadas, de certa forma, estão ficando “commoditizadas”. Acabam ganhando menos do que empreendedores, gênios financeiros e mesmo administradores da alta gerência. Vivemos o momento do empreendedorismo tecnológico, da gestão de pessoas, do know-how e do capital humano. Entender as dificuldades do cotidiano e de economias de varejo em escala pode ser a chave para a criação de produtos ou de mercados inovadores e com grande potencial. O fato é que o “streetsmart” está mais na moda do que o “booksmart”.

Antropofagia de mercado: a manipulação dos preços de moedas no exterior

Reguladores nos EUA, Europa e Ásia estão investigando o envolvimento de operadores de mesa e gestores na manipulação do mercado de moedas. Estamos falando, de acordo com o BIS, de cerca de 35% do volume global de moedas, que é de US$ 5,7 trilhões, negociados diariamente por telefone, ou seja, diariamente, cerca de US$ 2 trilhões negociados por operadores e gestores diretamente. O caso levanta a discussão sobre a eletronificação dos negócios e a necessidade de maior transparência.

Fundos de alta frequência: o culpado

OS HFT (high frequency traders – fundo de alta frequência) são investidores que utilizam tecnologia e a velocidade na transmissão de dados, para facilitar o processo de investimentos e obter rendimentos. Desde 2000, viraram uma febre nos mercados mundiais, chegando no Brasil mais recentemente. Mas, nos últimos anos, os HFT têm sido responsabilizados pelos problemas enfrentados nos mercados, inclusive as crises financeiras e aumento do risco sistêmico.

Artigo: O papel do Estado na crise

A consequência positiva da crise é que ela traz o Estado a um papel de planejamento e participação que é de sua responsabilidade. Aqui, cabe salientar, esse papel nada remete à escolha de vencedores ou privilegiados, nada de intervenção no negócio privado ou de desrespeito às atividades individuais, mas sim, reaproximar seu papel e funções com as do Mercado e sociedade. Esse realinhamento que vemos do papel do Estado implica que as instituições políticas que se abstiveram de influenciar ou reformar instituições econômicas reassumam essa função, reconectando política, mercado e sociedade.

Artigo: O pior paradigma para o Brasil III

A globalização econômica e o multiculturalismo resultaram na profusão da informação, mas não de sua qualidade; o consumismo exagerado embasado pelo marketing agressivo chega agora nas opiniões. Compramos opiniões e causas, agora basta curtir e compartilhar. A consequência é a absoluta ausência de profundidade nas decisões e o fim do pensamento autônomo.

Artigo: O pior paradigma para o Brasil I

Ironicamente, a maioria das manifestações se torna aquilo que ela combate: a defesa de interesses privados. Resumindo, o movimento passa a ser uma guerra política de poder, de interesses e quiçá de classes, ou seja, um corpo social que pensa apenas em seus interesses imediatos transformando-os em reivindicações e, por extensão, fazendo equivalência ao bem público.

Artigo: Brasil competitivo

O fato é que a nossa indústria local é muito mais dependente do governo do que sugere e assume. Tratar os problemas de infraestrutura, tributação e mesmo escolaridade resolverão uma pequena parte do problema, mas enquanto não resolvermos uma questão cultural empresarial, continuaremos com baixa competitividade. A indústria local precisa investir em pesquisa e desenvolvimento e não esperar passivamente por uma solução exógena.

Um novo paradigma para o Brasil II

Nesse momento, acredito que o mundo esteja em busca de um novo paradigma, alternando entre mais governo e regulação; até mesmo agentes políticos ainda não sabem qual nova receita seguir. Tudo converge para um equilíbrio entre governo e mercado, regulação e competição. O fato mais importante e que deveríamos efetivamente assumir de forma clara é que a sociedade tem o sentimento de que as instituições existentes deixaram de responder aos problemas que em parte ajudaram a criar.