Artigo: Darwin, o mercado de capitais brasileiro e os anfíbios

Infelizmente, o mercado de capitais brasileiro está cada vez mais parecido com um ecossistema em que os anfíbios não conseguem mais sobreviver. As corretoras, assim como os “sapos”, vêm antecipando os sintomas de um ambiente cada vez mais hostil aos negócios e que agora também começam a ser observados em agentes com menor dependência do mercado de capitais.

Taxa de fiscalização da CVM sobre agentes autônomos, empresas e fundos triplica

Congeladas há quase uma década, as taxas de fiscalização cobradas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de agentes autônomos, empresas abertas, auditores, gestores e fundos de investimento sofreram forte aumento a partir do dia 2 desde mês e chegaram, em alguns casos, a triplicar, provocando reclamações de vários profissionais dos mercados. Sem atualização desde 1997, os valores foram corrigidos em 241,85% a partir deste mês pelo Ministério da Fazenda, que atualizou também as tarifas de várias autarquias, como a Anvisa e o Inmetro.

CVM transfere controle de agentes autônomos para Ancord

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) transferiu para a Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras (Ancord) todo o controle dos agentes autônomos, profissionais encarregados de atender clientes no mercado. A partir da instrução CVM 562, a Ancord poderá conduzir todo o processo de verificação e acompanhamento do trabalho dos agentes, bem como a atualização dos cadastros desses profissionais. A medida representa um reforço da política de incentivo à autorregulação dos mercados da CVM, como forma de tornar as entidades de classe auxiliares no trabalho de fiscalização e controle.

Ancord: restrição a autônomos da BM&FBovespa é incompatível com regras da CVM

Segundo nota, o ofício que proíbe os agentes autônomos de atender clientes institucionais a partir de janeiro é “incompatível com as regras vigentes” e estava “em descompasso com as necessidades das corretoras/distribuidoras, dos agentes autônomos de investimentos e da própria regulamentação da CVM”.

Operação Churning: CVM e PF investigam agentes autônomos no RS

Os três agentes, segundo a PF, faziam gestão irregular de recursos de clientes e teriam comprado e vendido ações desnecessariamente, apenas para ganhar a comissão com a corretagem. Além disso, informavam incorretamente os saldos das aplicações para os clientes, escondendo os prejuízos. Há suspeita também de desvio de recursos.