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Por multa da Receita, Itaú recomenda venda das ações da BM&FBovespa

De olho na multa da Receita aplicada à BM&FBovespa no começo de abril, de cerca de R$ 2 bilhões, por conta do abatimento do ágio pago na fusão com a Bovespa, a corretora do Itaú recomenda a venda das ações da empresa, estimando um preço justo de R$ 11,50.

Diante da infração, a empresa analisa uma estratégia de defesa. A Receita Federal não aceita o abatimento de imposto feito pela BM&FBovespa nos anos de 2010 e 2011 relativos à compra da Bovespa em 2008. A bolsa, por sua vez, contesta a cobrança.

Para o Itaú, a probabilidade de perda da disputa deve ser alterada de “remota” para “provável”. Ainda assim, os analistas apontam como improvável uma eventual decisão de vender ações da Chicago Mercantile Exchange (CME) como recurso de caixa para o pagamento da multa, já que o mínimo acordado entre as duas partes para a manutenção da parceria é de 2%. A bolsa tem hoje uma participação de 5% da CME, estimada em R$ 4,7 bilhões.

A corretora considera que a companhia tenha um desempenho em linha com a média do mercado.

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