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Ibovespa perde 1,52% e fica abaixo dos 56 mil pontos; Vox Populi mostra empate: Dilma 42%, Marina 41%

O Índice Bovespa fechou o pregão desta quinta-feira com perdas de 1,52% e 55.962 pontos, puxado pela queda dos bancos, Petrobras e Vale. O mercado repercutiu hoje o cenário negativo das bolsas no exterior, além do aguardo pelas novas sondagens eleitorais. O mercado repercutiu também a forte queda das bolsas no exterior, em meio a notícias de que o governo russo poderá confiscar ativos de estrangeiros no país em retaliação pelas restrições impostas pelos Estados Unidos e União Europeia. A medida teria sido proposta por um parlamentar ligado ao presidente Vladimir Putin. Os recursos confiscados seriam usados para ressarcir cidadãos russos que tiveram seus bens bloqueados no exterior pelas medidas dos Estados Unidos e União Europeia tomadas em represália pela atuação da Rússia no conflito da Ucrânia.

Pesquisa Vox Populi

A pesquisa Vox Populi encomendada pela revista Carta Capital divulgada agora à noite confirmou o empate entre Marina Silva, do PSB, e Dilma Rousseff, do PT, em um eventual segundo turno da eleição presidencial. Dilma, que tinha 41% dos votos, passou para 42% e Marina, que tinha 42%, caiu para 41%, o que caracteriza ainda empate técnico.

No primeiro turno, Dilma passou de 36% para 38% das intenções de voto. Já Marina caiu de 28% para 25%. Aécio Neves subiu de 15% para 17%.

O resultado causou estranheza entre os analistas pois, na pesquisa divulgada ontem pela Tevê Record, também feita pelo Vox Populi, Dilma aparecia ganhando no primeiro turno, com 40% das intenções de votos, ante 22% de Marina e 17% de Aécio Neves. Também os dados do segundo turno da pesquisa divulgada pela Record mostravam Dilma com 46% das intenções de votos e Marina com apenas 39%.

Os números de hoje mostram-se mais coerentes com pesquisas de outros institutos, que mostram crescimento de Dilma e queda de Marina, mas ainda com a decisão jogada para o segundo turno e com empate técnico entre as duas candidatas em uma segunda votação.

BB cai 3,60%

O volume financeiro negociado foi de R$ 6,2 bilhões, ficando abaixo da média anual de R$ 6,5 bilhões. Entre os papéis mais negociados do dia estão Petrobras PN (preferencial, sem voto), com variação de -1,92% e o papel ON (ordinário, com voto), de -1,41%. Itaú Unibanco PN recuou 3,13%, Banco do Brasil ON (ordinária, com voto), com -3,60%, Vale PNA, com -0,61%, Vale ON, -1,04%, e Bradesco PN, com -2,47%.

As maiores quedas do Ibovespa foram de CCR ON, com -4,10%, ALL ON, -3,65%, BB, BR Properties ON, -3,37%, e BR Malls ON, -3,25%.

As maiores altas do Ibovespa foram modestas, com Gol PN subindo 1,73%, Fibria ON, 1,64%, Copel PNB, 1,31%, Eletropaulo PN, 1,25%, e Light ON, 0,94%.

Europa

A maior baixa entre os mercados europeus foi da alemã DAX que fechou com perdas de 1,57%, seguida da CAC, de Paris, com 1,32% e pelo índice Stoxx 50, que teve baixa de 1,29%. Os investidores ficaram preocupados com notícias de que o governo de Vladimir Putin pretende confiscar os ativos de estrangeiros em represália às medidas restritivas tomadas contra o país por conta do conflito na Ucrânia. Os ataques de forças americanas e de países árabes contra os radicais do Estado Islâmico na Síria, e que atingiram refinarias de petróleo, também pioraram o clima entre os investidores.

O mercado sentiu ainda o efeito negativo da queda recorde de 18,2% na demanda nos Estados Unidos por bens duráveis, com vida últil de mais de três anos, por conta de encomendas de aviões. A projeção era de queda menor, de 17%, segundo a Bloomberg.

Estados Unidos

Nos EUA, a Apple enfrentou problemas relacionados ao seu novo iPhone que “entorta”, e com atualização do sistema iOS 8, que travou alguns aparelhos, o que provocou queda nas ações de 3,8%, puxando as quedas do setor de tecnologia na Nasdaq.  O índice da bolsa eletrônica liderou as baixas com queda de 1,74%, a maior desde abril. Já o Standard & Poor’s 500 fechou o pregão com baixa de 1,37%, o maior recuo desde julho, e o Dow Jones, com queda de 1,54%.

Dólar

A divisa americana no mercado comercial fechou em R$ 2,43 para venda, um dos maiores preços do ano, com alta de 1,97%. No segmento da moeda para turismo, o aumento foi de 1,56%, com venda a R$ 2,56. O dólar repercutiu a valorização no exterior, provocada pelas preocupações com confisco de recursos de estrangeiros na Rússia, alta dos juros no Reino Unido, problemas no sistema financeiro chinês e ameaças de ataques de radicais do Estado Islâmico contra o metrô de Paris e Nova York. O diretor do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ajudou a valorizar o dólar ao afirmar que a alta dos juros no país pode vir mais cedo do que mais tarde.

As commodities metálicas também caíram após o governo chinês anunciar que exportadores e importadores do país estavam fraudando operações de comércio exterior, provocando perdas de US$ 10 bilhões. Como o dólar vai na contramão das commodities, a queda das matérias-primas influenciou a  moeda.

A alta do dólar teve impacto nas projeções de juros futuros. Os contratos futuros de DI, com vencimento para janeiro de 2015, mantiveram as taxas registradas ontem de 10,8% ao ano. Já os negócios com vencimento para janeiro de 2016 tiveram variação de 0,77%, com as taxas passando de 11,66% ao ano para 11,72%. Nos contratos de 2017, a projeção está em 11,92% ante taxa anual de 11,81% do dia anterior. Para 2021, a taxa estimada é de 11,82% ante 11,68% registrada ontem.

Com os resultados positivos, o dólar puxou um aumento do ouro, que é cotado na moeda americana e fechou em alta de 2,04% no mercado à vista da BM&FBovespa.

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