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Balanços de bancos e exterior fazem Ibovespa abrir em queda

O Índice Bovespa iniciou as negociações do dia em queda de 0,75%, aos 58.261 pontos, pressionado pelo mau desempenho das ações de bancos brasileiros e por notícias do exterior, que acentuam o pessimismo no mercado internacional.

Na manhã de hoje, o Itaú Unibanco divulgou seus resultados referentes ao terceiro trimestre do ano. O lucro recorrente da instituição caiu 13,4% em relação ao mesmo período em 2011, chegando a R$ 3,41 bilhões. Na comparação com o segundo trimestre desse ano, a queda foi de 4,8%.

O resultado ficou abaixo da previsão média de analistas do setor, que esperavam um lucro de R$ 3,48 bilhões. O lucro contábil trimestral foi de R$ 3,37 bilhões, redução de 11,4% na comparação anual e alta de 2,1% na trimestral.

As ações PN (sem voto) da Itausa, holding que controla o banco, caíam 2,17%, segunda maior queda do Índice Bovespa por volta das 10h30. A terceira maior queda era dos papéis PN do Itaú Unibanco, que perdiam 2,15%. O pior desempenho do índice era das ações ON (com voto) da Marfrig, que recuavam 5,18%.

Outras ações de bancos também operavam em queda ao longo da manhã. Os papéis PN do Bradesco perdiam 1,73%, e os do Banco do Brasil, 1,94%, ambos entre as seis maiores quedas do Ibovespa.

O Bradesco divulgou ontem seus resultados, que também desagradaram os investidores. O banco teve um lucro praticamente estável, avançando apenas 1% sobre mesmo trimestre de 2011, e chegando a R$ 2,89 bilhões.

A maior alta do índice era das ações PNB da Eletrobras, com alta de 0,76%, seguida de Gerdau Metalúrgica PN (+0,70%), CPFL ON (0,47%), Gerdau PN (0,45%) e Pão de Açúcar PN (0,27%).

Pessimismo na Europa

As principais bolsas europeias operam em queda na manhã de hoje e também influenciam o mercado brasileiro. A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou hoje a classificação de risco de crédito de cinco regiões espanholas, dentre elas, a Catalunha, que responde por um quinto do PIB espanhol.

Nos últimos meses, Catalunha e outras 16 importantes regiões da Espanha reportaram ao governo problemas para fechar suas contas e pagar as dívidas. A Catalunha informou que, sozinha, precisaria de uma ajuda que supera os € 5 bilhões.

A notícia pegou os investidores de surpresa, já que, na semana passada, a Moody’s havia afirmado que manteria o rating de grau de investimento de baixo risco da Espanha. Segundo a agência, as províncias têm limitadas reservas para futuros pagamentos de dívida.

Além disso, empresas como a Master Blenders, produtora de café, a Alfa Laval, empresa de tecnologia de fluidos e o Mulberry Group, fabricante de acessórios para o público feminino, divulgaram resultados abaixo das expectativas dos analistas.

Juros e câmbio

A manutenção do cenário pessimista na Europa mantém as taxas projetadas pelos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) em queda na manhã de hoje. Papéis com vencimento em janeiro de 2013 são os únicos a projetar taxa em alta, chegando a 7,095% ao ano, para 7,093% no pregão anterior.

Janeiro de 2014 passa de 7,40% para 7,37% e janeiro de 2015 cai de 7,89% para 7,84%. Janeiro de 2017 passa de 8,65% para 8,57% e Janeiro de 2021, de 9,31% para 9,28%.

O dólar opera em leve alta de 0,19%, chegando a R$ 2,029 para venda no mercado comercial. Já o dólar turismo opera estável em relação ao fechamento de ontem, a R$ 2,16 para venda.

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