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Vale volta atrás e vai distribuir R$ 857 milhões aos acionistas como juros sobre capital

A Vale voltou atrás na decisão de não distribuir parte dos lucros aos acionistas este ano e divulgou nota há pouco informando que a diretoria executiva propôs e o conselho de administração aprovou o pagamento de remuneração aos acionistas como uma antecipação da distribuição obrigatória dos resultados de 2016. A empresa vai pagar um valor de R$ 856.975.000,00 (US$ 250 milhões), correspondente ao valor de R$ 0,166293936 (US$ 0,048511898) por ação ordinária ou preferencial em circulação em 25 de novembro de 2016 (5.153.374.926 ações). A empresa havia dito no começo do ano que pretendia suspender a distribuição para ter mais caixa par reduzir sua dívida.

A decisão acompanha a melhora dos preços internacionais do minério de ferro desde a eleição de Donald Trump para a Presidência dos EUA. Trump prometeu elevar os investimentos em infraestrutura, o que deve demandar mais aço e minério de ferro. Com isso, o minério subiu 15% em uma semana e está no valor mais alto em dois anos.

O pagamento será feito a partir de 16 de dezembro, totalmente na forma de juros sobre capital próprio. Os valores em reais foram obtidos mediante a conversão dos valores em dólares pela taxa de câmbio de venda oficial Ptax informada pelo Banco Central no dia 25 de novembro, de R$ 3,4279 por dólar.

Terá direito aos dividendos quem tiver ações de emissão da Vale negociadas na BM&F Bovespa até 1 de dezembro de 2016. Para os ADR da empresa negociados em Nova York e na Euronext, o limite será 6 de dezembro. Os papéis serão negociados sem direito ao dividendo a partir de 2 de dezembro no Brasil.

A aprovação está de acordo com a nova política de remuneração aos acionistas que confere à Diretoria Executiva a opcionalidade de propor ao Conselho de Administração, baseado em análise do fluxo de caixa da companhia e na disponibilidade de lucros e reservas de lucros, a distribuição de remuneração aos acionistas em qualquer momento do ano. Segundo o comunicado, a melhor perspectiva de nosso negócio e a geração de fluxo de caixa melhor do que a esperada apoiam a aprovação de pagamento de remuneração aos acionistas sem comprometer a meta de redução do endividamento.

 

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