Os fundos DI de varejo que perdem para a poupança no ano até junho

Apesar da alta dos juros, que torna os fundos DI mais competitivos, pelo menos cinco carteiras de grandes bancos voltadas para o pequeno investidor ainda perdem para a poupança no ano e em 12 meses. Isso significa que, mesmo com a poupança pagando menos que outras aplicações, ainda há fundos que remuneram de maneira ainda pior o investidor.

Anbima destaca papéis isentos como grande problema para fundos

A presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Denise Pavarina, destacou a isenção das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) como um dos principais desafios para o setor de fundos. “Temos no Brasil uma situação impossível, com um ativo que tem alta remuneração no curto prazo e baixo risco”, disse na abertura do 8º Congresso da Anbima, em São Paulo. Ela afirmou que continua em contato com o governo para tentar mudar esse cenário, mas ainda sem um horizonte.

Aperto no crédito pode limitar crescimento de LCI e LCA no varejo, vê Anbima

O cenário ainda conturbado neste ano e os juros elevados tendem a manter os investidores de varejo em aplicações mais conservadoras e de menor risco, como os fundos DI, CDB e aplicações isentas como Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), diz Marcos Daré, presidente do Comitê de Varejo da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Varejo puxa a captação dos fundos em 2014; fundos de inflação têm revanche

Os fundos de investimento tiveram até novembro um ano agitado e de baixa captação, com vários eventos internos e externos aumentando a volatilidade dos mercados e mudando as expectativas dos investidores e dos gestores. Além disso, o varejo voltou a ganhar espaço, com os bancos oferecendo mais fundos para a baixa renda como forma de compensar a queda na receita dos empréstimos.

Busca por proteção aumenta aplicações em fundos DI e curto prazo

Com a eleição presidencial indefinida, os investidores estão procurando aplicações mais seguras, como mostram os dados dos fundos de investimento da Anbima. Na semana passada, os fundos DI, carteiras que acompanham as oscilações dos juros diários e permitem saques também diários, receberam R$ 8,283 bilhões, a maior entre os principais tipos de fundos do mercado.

Instabilidade deve influenciar fundos de investimento em 2014, diz Anbima

As oscilações dos mercados tendem a aumentar o ano que vem por conta das incertezas locais e internacionais e isso deverá mexer com os fundos de investimento. Segundo Luiz Sorge, vice-presidente da Anbima, o ambiente externo – com a melhora das economias dos Estados Unidos, da Europa e também da Ásia, bem como a retirada dos estímulos à economia americana e seus efeitos nas taxas de juros e no apetite dos investidores internacionais – deve mexer no fator determinante do mercado brasileiro que é o fluxo de capitais.

Come-cotas deve levar R$ 1 bi de fundos de varejo DI, renda fixa e curto prazo

Hoje, último dia de novembro, os investidores em fundos DI e renda fixa terão de pagar o imposto de renda antecipado sobre a rentabilidade dos últimos seis meses, o chamado come-cotas. Fundos curto prazo pagarão 20% de imposto sobre a rentabilidade do período de junho a novembro e os fundos DI e renda fixa de longo prazo pagarão 15%. Há come-cotas também em fundos multimercados que apliquem a maioria dos seus recursos em renda fixa.

Anbima tenta mudar impostos e regulação para manter crescimento de fundos de investimentos

O setor de fundos tenta negociar com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e com o governo mudanças na regulamentação e na tributação desse tipo de ativo para continuar competitivo em relação a outras aplicações. A afirmação é de Carlos Eduardo Takahashi, vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima)