Arena Especial, Tributação

Levy: taxar fortunas “não tem muita vantagem”, mas doação em dinheiro paga pouco IR

A taxação de grandes fortunas arrecada pouco e não traz grandes vantagens para a distribuição de renda, disse hoje o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Para ele, o aumento do Imposto de Renda em determinados casos tem mais eficácia para aumentar a arrecadação de pessoas ricas. O assunto voltou ao debate ontem, após o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmar que o governo pretendia tributar “o andar de cima”, sugerindo que poderia ser criado um imposto sobre grandes fortunas. O imposto é uma das bandeiras dos partidos de esquerda no exterior e no Brasil, incluindo o PT, da presidente Dilma Rousseff.

“A taxação estática de grandes fortunas [quando o imposto incide sobre a riqueza, não sobre a renda] não arrecada muito e não tem muita vantagem. O principal instrumento de tributação é a renda”, declarou Levy ao ser perguntado sobre propostas de parlamentares de aumentar a taxação de fortunas.

Doações em dinheiro

O ministro lembrou que os estados tributam a herança; e os municípios, a transmissão de bens entre pessoas vivas. Ele, no entanto, destacou que doações de dinheiro praticamente não pagam Imposto de Renda.

“Quem recebe uma doação de R$ 1 milhão hoje paga muito pouco de Imposto de Renda. É uma quase renda que não está sujeita à tributação. Existem numerosas combinações e possibilidades que não se restringem ao Imposto sobre Grandes Fortunas”, completou o ministro.

Com informações da Agência Brasil.

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