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Juro do Tesouro Direto para 2025 chega a 15% ao ano; mercado é suspenso

Os juros dos papéis do Tesouro Nacional voltaram a subir hoje, acompanhando o nervosismo dos mercados com a alta do dólar, com o risco de rebaixamento da nota de crédito do país e com o receio de saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, do cargo. A oscilação foi tão grande que levou o Tesouro Direto, sistema de negociação via internet, a suspender as operações até as 18 horas. Ao mesmo tempo, o Tesouro Nacional suspendeu o leilão de papéis prefixados e pós-fixados previsto para hoje, devido ao prêmio mais alto exigido pelos investidores para comprar os títulos.

Os papéis prefixados com pagamento semestral de juros (NTN-Final) com vencimento em 2025 atingiram 15,01% ao ano, bem acima dos juros atuais da Selic, de 14,25%, indicando a alta dos juros nos próximos 10 anos. Para 2018, os prefixados com juros somente no vencimento (LTN) pagavam pouco menos, 14,97%, e, para 2021, 14,95%, taxas que indicavam forte pessimismo dos investidores com o futuro da economia brasileira e o controle da inflação.

Os papéis corrigidos pela inflação também passaram a pagar mais. As NTN-B Principal (sem juros semestrais) com vencimento em 2019 pagavam 7,64% ao ano mais IPCA e as para 2035, 7,50% ao ano além da inflação. As NTN-B com juros semestrais com vencimento em 2050 pagavam 7,46% reais.

 

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