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Tesouro Direto adia abertura após suspensão de venda de papéis prefixados em leilões

O Tesouro Direto adiou a abertura da venda de títulos públicos para o varejo para as 11 horas hoje. É o sétimo pregão consecutivo em que ocorre a suspensão ou o adiamento da abertura dos negócios com papéis do governo. Desde o dia 7, em meio à expectativa com as eleições nos Estados Unidos, ocorridas no dia 8, o Tesouro Direto vem suspendendo os negócios durante o dia por conta da instabilidade das taxas de juros.

Hoje, as taxas de juros estão em queda nos mercados futuros da BM&FBovespa, apontando para uma redução da remuneração dos papéis do Tesouro. A queda acompanha uma pequena melhora das expectativas nos mercados internacionais com os países emergentes e também as medidas tomadas pelo Banco Central (BC) e pelo Tesouro Nacional para reduzir a pressão sobre o dólar e os juros. Os contratos futuros de DI para 2018 projetavam hoje 12,48% ao ano, ante 12,54% na segunda-feira. Para 2021, a taxa caiu de 12,42% ao ano para 12,32%.

O Banco Central aumentou a oferta de contratos de swap cambial, que servem como venda de dólar futuro. Além dos 10 mil que já vinham desde a semana passada para rolar o vencimento do dia 1º de dezembro, serão oferecidos mais 20 mil contratos, às 9h30 e às 11h30 No total, a oferta será de US$ 1,5 bilhão em contratos de swap, o que fez o dólar comercial abrir em baixa, de 0,61%, vendido a R$ 3,421, segundo a CMA.

Além disso, o Tesouro decidiu fazer leilões diários de recompra de papéis prefixados longos, as NTN-F, e cancelar os leilões de venda de LTN e NTN-F previstos para amanhã em razão da forte oscilação das taxas de juros. Os papéis prefixados são os que mais sofrem nos momentos de instabilidade, pela dificuldade do mercado em projetar as taxas e o risco embutido nos papéis.

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