Arena Especial, Política Econômica

Dilma adia anúncio de nomes de ministros

A presidente Dilma Rousseff não vai anunciar nesta sexta-feira nomes de novos ministros. A informação do Palácio do Planalto é que nenhum anúncio será feito hoje, após várias horas de expectativas, inclusive com manchetes no noticiário online de alguns jornais, com nomes que seriam indicados para as principais pastas da área econômica.

Segundo vários jornais e agências de notícias, citando fontes não identificadas ligadas ao governo, o ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy, atual presidente da Bradesco Asset Management (BRAM), será o próximo ministro da Fazenda. Nelson Barbosa, ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda, será o ministro do Planejamento e Alexandre Tombini ficará no comando do Banco Central (BC).

A indicação de Levy, um economista ligado ao ex-ministro Antônio Palocci, de linha mais liberal e ortodoxa, agradou ao mercado, que puxou os preços das ações e derrubou os juros e o dólar. Levy pode garantir um voto de confiança dos investidores nas reformas prometidas pelo governo, e que não foram cumpridas neste mandato. Os mercados vão ficar atentos também à equipe do novo ministro e suas primeiras medidas, para conferir se ele terá autonomia para levar adiante um ajuste que será impopular. Ele estará cercado também de economistas de linha mais heterodoxa no Ministério de Dilma.

De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), havia previsão oficial de que os nomes de parte do primeiro escalão de Dilma seriam divulgados nesta sexta-feira. Entre as dezenas de jornalistas presentes no comitê de imprensa do Planalto, a expectativa era de que o anúncio sairia, sim, na data de hoje. O Salão Leste do palácio, onde costumam ocorrer entrevistas coletivas, já tinha sido preparado para um possível anúncio.

A agenda oficial de Dilma Rousseff para hoje previa apenas um encontro com o ministro Aloizio Mercadante, chefe da Casa Civil, e despachos internos, ambos no Palácio da Alvorada, sua residência oficial. Lá, porém, ela recebeu também o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, e o senador Armando Monteiro (PTB-PE).
No início da tarde, a presidente mudou os planos e veio para o Palácio do Planalto, aumentando as expectativas de que haveria algum anúncio. Uma nova agenda oficial não foi divulgada, e Dilma permaneceu no Planalto até cerca de 18 horas, quando retornou ao Alvorada.

Segundo a Secom, não há previsão de quando haverá esse anúncio. No início do mês, a presidente informou a jornalistas que indicaria o novo ministro da Fazenda quando chegasse da viagem que fez na semana passada à Austrália.

Com informações são da Agência Brasil.

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