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Ibovespa fecha em queda, mas reduz perdas após decisão do Fed

O Índice Bovespa fechou o pregão de hoje em queda de 0,42%, aos 56.877 pontos. Ao longo da tarde, o índice chegou a cair mais de 0,70%, mas reduziu as perdas após o anúncio da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano). O giro financeiro no pregão de hoje foi de R$ 5,218 bilhões, abaixo da média do ano, de R$ 6,5 bilhões.

A queda das ações da Vale e a falta de definição no movimento das bolsas dos Estados Unidos ajudaram a pressionar o Ibovespa ao longo do dia. Os papéis preferenciais série A (PNA, sem voto) caíram 1,43% e os ordinários (ON, com voto) tiveram perda de 2,12%. Depois de duas quedas consecutivas, por sua vez, os papéis da Petrobras se recuperaram. As ações da estatal fecharam hoje em alta, de 1,35% as ON e de 1,17% as PN.

As expectativas em torno do cenário eleitoral também agitaram o pregão. A partir de hoje, deve começar a ser divulgada uma série de pesquisas eleitorais feitas pelo Ibope. Os levantamentos, com abrangência nacional, foram feitos em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Distrito Federal. À medida que os resultados forem saindo, as ações de empresas estatais devem reagir.

Resultado fiscal

O resultado primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) foi o destaque no noticiário econômico de hoje. O governo teve seu pior resultado primário da história para meses de junho. Segundo números divulgados pelo Tesouro Nacional, no mês passado o Governo Central chegou a um déficit primário de R$ 1,946 bilhão.

Em maio, o déficit primário havia sido de R$ 10,502 bilhões. Os dois meses seguidos de resultados negativos fizeram o superávit primário encerrar os primeiros seis meses de 2014 em R$ 17,238 bilhões, o pior esforço fiscal para o primeiro semestre desde 2000, quando a economia acumulada havia atingido R$ 15,431 bilhões.

Estados Unidos no foco

Duas notícias foram os destaques do dia nos Estados Unidos e, embora não tenham exercido grande influência sobre as bolsas do país, mexeram com o Ibovespa. Pela manhã, o Departamento do Comércio divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 4% anualizados no primeiro trimestre, após encolher 2,1% no período anterior. Analistas do mercado projetavam uma alta de cerca de 3%.

O país vem apresentando uma forte recuperação do nível de emprego, com criação de novas vagas acima da marca de 200 mil por mês desde o começo do ano. Além disso, indicadores da indústria e do setor de serviços vêm apresentando melhora contínua.

Também hoje, durante a tarde, o Fed anunciou que manteve a taxa básica de juro do país entre zero e 0,25% ao ano. A autoridade monetária americana confirmou também novo corte de US$ 10 bilhões em seu programa de estímulos monetários à recuperação econômica do país.

Com o corte, o volume de recompras mensais de títulos públicos passa a ser de até US$ 25 bilhões – US$ 15 bilhões em títulos do Tesouro e US$ 10 bilhões em títulos privados lastreados em hipotecas. A nova redução sinaliza que o Fed deve encerrar seu programa de estímulo à liquidez em outubro.

Os principais índices de ações do mercado americano, contudo, fecharam em direções opostas, digerindo as divulgações de resultados corporativos.

Ibovespa

As maiores altas do Ibovespa na sessão de hoje foram de Marfrig ON, com 4,71%, Telefônica do Brasil PN, 2,48%, a unit (recibo de ações) do Santander, com 2,22%, Suzano Papel PNA, com 2,03% e JBS ON, com 1,63%.

Na outra ponta, as ações do Ibovespa que mais caíram foram Cielo ON, -4,74%, Souza Cruz ON, -4,13%, Gol PN, -3,62%, Rossi Residencial ON, -3,31% e Gerdau Metalúrgica PN, -3,29%.

Bolsas no exterior

Nos Estados Unidos, o Índice Dow Jones fechou em queda de 0,19% e o S&P 500 ficou praticamente estável, subindo apenas 0,02%. O Índice Nasdaq teve 0,46% de alta.

Na Europa, o índice regional Euro Stoxx 50 caiu 0,67% e o FTSE 100, índice da Bolsa de Londres, perdeu 1,50%. O Índice CAC, da Bolsa de Paris, fechou em queda de 1,22% e o DAX, de Frankfurt, perdeu 0,62%.

Juros e dólar

Com as notícias do PIB americano e da decisão de política monetária do Fed, o dólar fechou em alta e as taxas de juros projetadas pelos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) também subiram, acompanhando os mercados internacionais, apesar da nova queda do IGP-M. O juro do papel de 10 anos do Tesouro americano subiu 0,10 ponto percentual, para 2,56% ao ano. Já o dólar se valorizou diante das principais moedas, incluindo o euro e o iene.

No Brasil, o dólar comercial fechou em alta de 0,53%, negociado a R$ 2,24 para venda. O dólar turismo avançou 1,68%, a R$ 2,41 para venda.

O contrato de DI com vencimento em janeiro de 2015 fechou projetando taxa de 10,78%, de 10,77% no ajuste de ontem. Janeiro de 2017 passou de 11,34% para 11,43% e janeiro de 2021, de 11,65% para 11,75%.

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