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Ibovespa esboça recuperação e opera em alta com “empurrão” do exterior

Depois da queda de ontem, o Índice Bovespa volta a subir na sessão de hoje, recuperando parte das perdas acumuladas. Esse movimento tem sido característico da bolsa brasileira nas últimas semanas, com o aumento da aversão dos investidores ao risco nos mercados emergentes. Por volta das 11h50, o Ibovespa tinha alta de 0,49%, chegando a 46.853 pontos.

Na manhã de hoje, em conferência em Lisboa, a diretora de ratings soberanos da agência de classificação de risco Fitch, Michelle Napolitano, afirmou estar surpresa com a severidade da recente turbulência em mercados emergentes. Segundo ela, a onda de instabilidade nessas economias pode forçar a agência a alterar as perspectivas de rating de alguns dos países.

Os problemas têm acontecido em função do movimento gradual de retirada de estímulos monetários nos Estados Unidos. Em janeiro, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) cortou mais US$ 10 bilhões no volume mensal de recompras de títulos públicos e privados, meio pelo qual a instituição vem injetando dinheiro no mercado para estimular a economia.

Em dezembro, o Fed já havia feito o primeiro corte, também de US$ 10 bilhões. Atualmente, o volume de recompras está em US$ 65 bilhões. A retirada dos estímulos tem apresentado como efeito colateral um movimento de valorização do dólar frente a diversas moedas, sobretudo de países emergentes.

Para defender suas moedas da desvalorização, muitos países têm elevado drasticamente suas taxas de juros, levantando preocupações sobre os possíveis efeitos desse movimento coordenado, e também sobre os impactos da forte queda das moedas frente ao dólar.

Indicadores

Hoje, a atenção dos investidores deve se concentrar na divulgação, nos Estados Unidos, do número de novos pedidos de auxílio-desemprego. A recuperação do mercado de trabalho tem sido acompanhada de perto pelo Fed e é um dos principais parâmetros considerados pelo banco central para as decisões sobre a política de estímulos.

Índice Bovespa

Ao longo da manhã, as maiores altas entre as ações que compõem o Ibovespa são de CSN ON (+2,21%), Light ON (+1,70%), Cemig PN (+1,31%), Suzano PNA (+1,22%) e BM&FBovespa ON (+1,16%).

As maiores quedas são de LLX ON (-1,08%), Qualicorp ON (-0,67%), PDG ON (-0,62%), Eletropaulo PN (-0,58%) e Braskem PNA (-0,57%).

“Empurrão” do exterior

As principais bolsas da Europa e os índices futuros do mercado americano operam em alta na manhã de hoje, ajudando no “respiro” do Ibovespa. Na Europa, o índice regional Euro Stoxx 50 sobe 0,63%, enquanto o Financial Times, Índice da Bolsa de Londres, ganhava 0,94%. O CAC, da Bolsa de Paris, avançava 1,12% e o DAX, de Frankfurt, tinha 0,98% de valorização.

Nos Estados Unidos, os principais índices futuros projetavam alta, com o Dow Jones subindo 0,36% e o S&P 500, 0,33%.

Juros e dólar

As taxas de juros projetadas pelos principais contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) operam em queda na manhã de hoje. O contrato para janeiro de 2015 projeta taxa de 11,44%, de 11,46% no ajuste de ontem. Janeiro de 2017 cai de 12,75% para 12,69% e janeiro de 2021 passa de 13,19% para 13,14%.

No mercado de câmbio, o dólar comercial tem leve alta de 0,20% frente ao real, chegando a R$ 2,41 para venda. O dólar turismo cai 0,39% e chega a R$ 2,55 para venda.

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