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Ibovespa abre em alta com Petrobras, mas volatilidade derruba bolsa

A volta do feriado começa agitada na bolsa brasileira. O Índice Bovespa abriu o pregão de hoje em alta de 0,17%, aos 56.545 pontos. Por volta das 10h15, essa alta já era de 0,58%, impulsionada pelo bom desempenho das ações da Petrobras, que subiam perto de 2%. Por volta das 10h35, entretanto, a instabilidade tomou conta da bolsa e o Ibovespa inverteu o movimento, passando a cair 0,43%, chegando aos 56.210 pontos.

Os papéis da estatal começaram o dia em alta, repercutindo uma notícia publicada hoje pelo jornal Folha de S. Paulo. Segundo a reportagem, a Petrobras estuda aumentar o preço da gasolina e do diesel entre 12% e 15% no ano que vem.

Com esse reajuste, de acordo com a Folha, a empresa pretende subir os preços para não correr o risco de precisar interromper investimentos e obras. O reajuste poderá ser feito de uma vez só, em fevereiro do ano que vem, ou em duas etapas, em fevereiro e agosto. Os futuros reajustes serão repassados aos consumidores.

As ações ON (com voto) da Petrobras tinham alta de 1,27% e as PN (sem voto) subiam 1,99%, a quarta maior alta do índice. Além dos papéis da estatal, os destaques de alta do Ibovespa eram Brasil Foods ON (+2,50%), Cesp PNB (+1,64%), Gol PN (1,76%) e Santander (+1,85%).

Maiores quedas

Na outra ponta, a maior perda era das ações ON da Eletrobras, que, à semelhança do que aconteceu na segunda-feira, despencavam 10,86%. Os papéis PNB da estatal vinham em seguida, com 9,89% de queda.

A queda das ações da holding do setor elétrico federal reflete a desconfiança dos investidores com relação ao novo plano de reestruturação do setor divulgado pelo governo. Na segunda-feira, o banco britânico Barclays passou a recomendar a venda da empresa, estimando que suas ações valeriam no máximo R$ 1 em 12 meses, tendo em vista o potencial de perdas de resultados que a Eletrobras terá de aceitar para renovar as concessões que possui.

Além disso, a empresa perderia capacidade de financiar outros projetos e teria de fazer novas emissões de ações no mercado, diluindo ainda mais os demais acionistas.

Outros destaques de queda eram de Vanguarda Agro ON (-2,78%), PDG ON (-1,69%), Tim ON (-10,55%), Brookfield ON (-1,57%) e Marfrig ON (-1,48%).

EUA

Antes da abertura das bolsas nos Estados Unidos, os índices futuros projetavam um mercado andando de lado. O Dow Jones e o S&P 500 subiam 0,02% e o índice de tecnologia Nasdaq permanecia estável.

Juros e câmbio

No mercado de juros, as taxas projetadas pelos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) operam em alta, com exceção do contrato mais curto, com vencimento em janeiro de 2013, cuja taxa passa de 7,09% no fechamento de segunda-feira para 7,08%.

Janeiro de 2014 sobe de 7,33% para 7,34% e janeiro de 2015 passa de 7,94% para 7,97%. Janeiro de 2017 chega a 8,76%, de 8,72% no ajuste do pregão anterior. Janeiro de 2021 passa de 9,36% para 9,40% ao ano.

O dólar tem hoje nova sessão de alta, subindo 0,67% e batendo os R$ 2,097 para venda no mercado comercial. Já o dólar turismo fica estável, em R$ 2,22 para venda.

No mercado à vista, o dólar comercial se aproxima dos R$ 2,10, considerado pelo mercado como o “teto informal” do câmbio estabelecido pelo governo. Ainda não se fala em intervenção do Banco Central para frear a alta da moeda, mas, segundo operadores, a autoridade monetária estuda não renovar o próximo vencimento de contratos de swap cambial reverso, que acontece em 3 de dezembro.

Se a renovação não for feita, será como se o BC não se comprometesse a comprar dólares no mercado futuro, ajudando a frear a alta da moeda. Cerca de US$ 3,1 bilhões em contratos vencem no começo do mês que vem.

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