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Para The Economist, brasileiros devem esquecer Dilma e votar em Aécio

Para que o Brasil evite mais quatro anos à deriva, o tucano Aécio Neves deve vencer as eleições presidenciais, defende a revista britânica The Economist. A capa da última edição traz a manchete: “Por que o Brasil precisa mudar”, com uma imagem de Carmen Miranda com frutas podres na cabeça. O subtítulo diz que os brasileiros devem deixar Dilma Rousseff, do PT, e eleger Aécio.

Esta não é a primeira vez que a revista critica o governo da presidente Dilma. Depois de publicar uma capa otimista com o Brasil, com o Cristo Redentor decolando como um foguete em 2009, a The Economist passou a atacar a administração Dilma, em especial sua política econômica na figura do ministro da Fazenda Guido Mantega.

Em 2013, com uma capa mostrando o Cristo-foguete em queda, a revista sugeriu a demissão de Mantega, o que provocou fortes críticas do governo, que alegou tentativa de ingerência internacional. Como, segundo alguns, a reportagem teria dificultado a troca do ministro, por parecer que o governo teria cedido a pressões, por ironia, algum tempo depois, a revista publicou matéria pedindo a permanência de Mantega.

Segundo reportagem, Aécio é merecedor do Planalto, enfrentou uma dura campanha e já provou a competência de seus programas econômicos. O tucano é visto pela publicação como o candidato mais capacitado para entregar as mudanças que o país precisa e que foram exigidas nas ruas pelos brasileiros. Já com relação a Dilma, a revista diz que “mais do mesmo não vai funcionar” e critica a condução da política econômica, ao mesmo tempo em que elogia suas políticas sociais.

A revista aponta que a campanha do candidato do PSDB foi dificultada pelo trágico acidente de Eduardo Campos, que colocou Marina Silva na disputa. A candidata logo passou a frente de Aécio e era cotada para disputar o segundo turno com Dilma. Um enredo que chegou a ser comparado aos dramas das novelas brasileiras pela The Economist.

Já o principal trunfo da presidente Dilma tem sido a gratidão popular pelo pleno emprego, salários mais altos, Bolsa Família, habitação de baixo custo, bolsas de estudo e programas rurais de energia elétrica e de água no Nordeste. A Economist afirma que essas conquistas são reais, mas que são acompanhas por falhas graves na economia e na política. A revista ressalta que o país teve crescimento inferior ao dos vizinhos latino-americanos.

O texto ainda relembra a época em que a petista foi eleita, em 2010, quando o país conquistava um crescimento de 7,5%. Agora, o Brasil é apontado como um dos desempenhos mais fracos do grupo de economias emergentes, os Brics, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

 

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