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Criação de empregos formais em julho foi a menor para o mês em 15 anos

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou hoje os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de julho de 2014. Foram criados 11.796 empregos,  equivalentes à expansão de 0,03% no estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. Foi a menor criação de vagas formais para o mês em 15 anos. Em julho de 1999, haviam sido criados 8.057 postos de trabalho.

No mês passado, houve 1.746.797 admissões e 1.735.001 desligamentos. Apesar de menor, o resultado ficou acima das 6 mil vagas esperadas pelo mercado.

Para o Banco Fator, que esperava a criação de 19 mil vagas, os dados de criação de empregos em julho são um dos primeiros indicadores para o terceiro trimestre do ano. “As perspectivas, assim, não parecem ser das melhores”, diz o banco em relatório, acrescentando que, na semana que vem, será divulgado o PIB do segundo trimestre. A projeção do banco para o PIB é de contração de 0,6% sobre o primeiro trimestre e de 0,3% sobre o mesmo trimestre do ano passado. .

No acumulado do ano, os dados do MTE mostram um crescimento de 632.224 empregos, alta de 1,56%. Ainda na série com ajustes, nos últimos 12 meses verificou-se a criação de 737.097 postos de trabalho, um crescimento de 1,82%.

Segundo o ministério, sete dos oito setores da atividade econômica fecharam o mês passado com saldo positivo na geração de empregos. Os setores de serviços, com aumento de 11.894 vagas em relação a junho, agricultura (criação de mais 9.953 postos) e construção civil (3.013 empregos a mais) são os destaques. O setor de indústria de transformação registrou queda no nível de emprego, com menos 15.392 postos de trabalho.

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, acredita que a geração de empregos no país  voltará a crescer até o final de 2014. Segundo ele, a segunda metade do ano costuma registrar a criação de mais empregos com carteira assinada do que a primeira, impulsionada, por exemplo, pela contratação de mão de obra para o período de festas de fim de ano.

Manoel Dias reconheceu o recuo na geração de empregos, que já chegou a registrar mais de 203 mil vagas, em julho de 2008, mas demonstrou otimismo para sair do “fundo do poço”. A Copa do Mundo, segundo o ministro, contribuiu para os resultados. “A Copa afetou porque, na medida em que você reduz o número de dias trabalhados, você reduz o número de contratados”, disse.

Com informações da Agência Brasil.

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