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Mubadala negocia compra de ativos da EBX por US$ 1 bilhão

O fundo de Abu Dhabi, Mubadala Development Co. está negociando a compra de ativos do empresário Eike Batista por US$ 1 bilhão, segundo informações passadas à agência Bloomberg.

As negociações são por participações na petroleira OGX, na mineradora MMX, na empresa de logística LLX e no Porto de Açu no Rio de Janeiro, disseram duas fontes, que pediram para não serem identificadas devido ao sigilo da operação. O fundo está atrás de companhias estrangeiras ou nacionais para fechar negócio, disseram os envolvidos.

A AUX, empresa de mineração de Eike situada na Colômbia, está sendo usada como garantia de US$ 1,5 bilhão, valor que o empresário deve ao fundo. Isso porque o Mubadala converteu em dívida, no último mês, um investimento em ações na empresa holding EBX.

O porta-voz do fundo, Brian Lott, disse que o Mubadala permanece em discussões estreitas com a EBX e outras partes também interessadas, ao passo que a holding continua reestruturando seus negócios. “Nós acreditamos que muitos ativos da EBX tenham valores potenciais significativos para os investidores do Mubadala”, acrescentou.

Lott se negou a comentar quais ativos estão sendo negociados.

De acordo com uma pessoa envolvida nas negociações, o fundo vai comprar uma participação da estatal Dubai Aluminum, realizando a fusão de duas produtoras de alumínio dos Emirados Árabes Unidos e criando uma joint venture de US$ 15 bilhões.

Metas não atingidas

A EBX, que tem sede no Rio de Janeiro, não comentou sobre o andamento das negociações dos ativos, quando perguntada pela agência.

Caso a negociação se confirme, a fortuna de Eike, que caiu de US$ 34,5 bilhões em março do ano passado para menos de US$ 1 bilhão no último levantamento, volta a subir. A estimativa é de que, com a venda dos ativos, o grupo EBX receba US$ 1,85 bilhão. O empresário perdeu grande parte de sua fortuna após a OGX não atingir suas metas de produção.

No último mês, Eike escreveu um artigo no Valor Econômico se comprometendo a pagar de volta o que lhe foi emprestado.

As informações são da agência Bloomberg.

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