A economia dos Estados Unidos cresceu menos que o esperado no último trimestre do ano passado. O Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país) cresceu 2,7% em termos anualizados no quarto trimestre, abaixo dos 5% do terceiro trimestre e dos 3% esperados pelos analistas consultados pela Bloomberg e 3,2% pelo The Wall Street Journal.

Os gastos das famílias, que respondem por 70% da economia americana, cresceram 4,3%, impulsionados pela sobra de orçamento proporcionada pela queda dos preços do petróleo e pela melhora na oferta de emprego. O crescimento dos gastos foi o maior para o período desde 2006.

Com esse resultado, a economia dos Estados Unidos fechou 2014 com um crescimento de 2,4% sobre o ano anterior, o mais alto em quatro anos e acima dos 2,2% de 2013. O consumo cresceu 2,5%, melhor desempenho desde 2006.

No quarto trimestre, o investimento das empresas em ativos fixos cresceu 2,3% em taxa anualizada, comparada a 7,7% do trimestre anterior. Já os gastos com equipamentos caíram 1,9%, o maior declínio desde 2009.

Já o déficit comercial americano cresceu para US$ 471,5 bilhões, com o aumento das importações reduzindo em 1 ponto percentual o PIB. Os estoques aumentaram e contribuíram com 0,8 ponto do PIB. Já os gastos do governo caíram 2,2%, reduzindo em 0,4 ponto o crescimento.

O número mais modesto de crescimento americano fez as taxas de juros de longo prazo recuarem. Os papéis de 10 anos do Tesouro americano caíram 0,08 ponto percentual, para 1,68% ao ano, com a expectativa de que o desempenho da economia levará o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a adiar o aumento dos juros básicos da economia previsto para este ano.