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Dilma chama de “terrorismo eleitoral” acusações de Veja

Em seu último programa no horário político obrigatório veiculado hoje na televisão, a presidente Dilma Rousseff classifica como “terrorismo eleitoral” as acusações publicadas hoje pela revista “Veja”. A reportagem diz que o doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava Jato, por lavagem de dinheiro, afirmou à Polícia Federal que a presidente e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva sabiam das transações envolvendo o caso de desvios na Petrobras.

No vídeo, Dilma diz que a atitude da revista “envergonha a imprensa e agride a nossa tradição democrática sem apresentar nenhuma prova concreta”.

“Baseando-se em supostas declarações de pessoas do submundo do crime, a revista tenta envolver diretamente a mim e ao presidente Lula nos episódios da Petrobras, que estão sob investigação da Justiça.”

Durante sua fala, a presidente conta que o eleitor “sabe da campanha sistemática que a Veja move há anos” contra Lula e ela, mas que, desta vez, “ela [Veja] excedeu todos os limites”.

Às vésperas da eleição, e considerando que as mais recentes pesquisas apontam sua vantagem em relação a Aécio Neves, do PSDB, a presidente diz que a “maledicência” da Veja “se limitava a insinuar” que Dilma poderia ter sido omissa na apuração dos fatos. A presidente considerou a acusação publicada na revista como sendo “um absurdo e uma tremenda injustiça”, excedendo todos os limites da decência e da falta de ética.

A candidata à reeleição diz que a revista comete essa “infâmia” contra ela e Lula “sem apresentar a mínima prova”. “Isso é um absurdo, isso é um crime. É mais do que clara a intenção malévola da Veja de interferir de forma desonesta e desleal nos resultados da eleição”, acrescenta Dilma, além de ressaltar que a edição saiu hoje, quando, normalmente, chega às bancas aos domingos.

Dilma encerra o vídeo dizendo que, assim como nas outras vezes e em outras eleições, a revista vai fracassar em seu intento criminoso e que “a única diferença é que desta vez ela não ficará impune”.

“Sou uma defensora intransigente da liberdade de imprensa, mas a consciência livre da nação, não pode aceitar que mais uma vez se divulgue falsas denuncias em um processo eleitoral em que o que está em jogo é o futuro do país”, conclui a presidente.

Hoje, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou pedido do PT para que a Veja fosse obrigada a retirar do site e da página do Facebook  a reportagem com as acusações.

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