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BC monitora impacto da prisão do dono do BTG Pactual no mercado financeiro

O Banco Central (BC) está monitorando o impacto da prisão do dono do banco BTG Pactual, André Esteves, no sistema financeiro. Hoje, a Polícia Federal (PF) prendeu o banqueiro André Esteves e o senador Delcídio Amaral (PT-MS), investigados na Operação Lava Jato.

“Cumprindo sua missão institucional de assegurar a solidez do sistema financeiro, o BC monitora o impacto dos acontecimentos para a instituição regulada. A instituição apresenta robustos indicadores de solidez financeira e continua atuando normalmente no mercado”, informou a assessoria de imprensa do Banco Central sobre o BTG Pactual.

O BC acrescentou que está solicitando informações às autoridades competentes para verificar se há desdobramentos em sua esfera de atuação administrativa. “Até a apuração dos fatos e a devida decisão administrativa, o Banco Central, como de praxe, não comenta casos específicos em análise”.

Em nota, o BTG Pactual esclarece que está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários e que vai colaborar com as investigações.

O BTG Pactual é um banco de investimentos listado e controlado por uma sociedade de 156 executivos. Em maio de 2009, o BTG Investments fechou a aquisição do UBS Pactual por US$ 2,5 bilhões e a transação foi finalizada e homologada pelo Banco Central em outubro do mesmo ano. O banqueiro tem fortuna estimada em R$ 9 bilhões e ocupa a 13ª posição entre os homens mais ricos do Brasil, segundo a revista Forbes. Em 2014, André Esteves foi nomeado Personalidade do Ano pela Câmara de Comércio Brasileira Reino Unido. Foi considerado uma das 50 pessoas mais influentes do mundo pela agência de notícias Bloomberg em 2012.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) já referendou, por unanimidade, em sessão extraordinária, as prisões preventivas do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e do advogado Edson Ribeiro, além das prisões temporárias do banqueiro André Esteves e do chefe do gabinete do senador, Diogo Ferreira.

As prisões foram autorizadas, na noite de ontem (24), pelo ministro Teori Zavascki. Segundo o relator, não haveria outros meios de se preservar as investigações, que não fossem as prisões, uma vez que, conforme relatou o Ministério Público Federal, os envolvidos estariam pressionando o ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró a desistir de firmar acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato.

As informações são da Agência Brasil.

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