O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial do governo para o comportamento dos preços, subiu 0,47% em março, após subir 0,60% em fevereiro. Embora tenha ficado um pouco abaixo do que os 0,50% esperados por analistas, em 12 meses, a inflação chega a uma alta de 6,59%, acima da meta do governo, que é de 4,5% com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Em março de 2012, a alta do índice havia sido de 0,21%. No acumulado de 2013, a inflação registra alta de 1,94%.
Esse resultado do IPCA é visto por analistas como o principal guia do Banco Central na tomada de decisão sobre o que fazer com a taxa básica de juro Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom) do banco se reúne na semana que vem para definir o próximo ajuste na taxa. A expectativa do mercado, por ora, é de uma alta apenas na reunião de maio, com manutenção dos juros na semana que vem. O Boletim Focus, do Banco Central, divulgado na segunda-feira, mostrou que o mercado projeta uma inflação de 5,70% em 2013 e em 2014. A projeção para março era de alta de 0,50%.
Segundo o IBGE, o IPCA de março recuou na comparação com a alta de fevereiro principalmente por causa do grupo educação. Com alta de 5,40% no mês passado, esse grupo teve impacto de 0,24 ponto percentual no avanço do índice. Em março, com alta de 0,56%, o impacto do grupo no indicador geral baixou para 0,03 ponto.
Dentre os grupos que compõem o IPCA, os dois únicos que registraram maior alta do que em fevereiro foram habitação (de queda de 2,38% em fevereiro para alta de 0,51% em março) e comunicação (de 0,10% para 0,13%), os demais apresentaram resultados abaixo dos registrados no mês anterior.
Os alimentos mostraram desaceleração de fevereiro para março, passando de 1,45% para 1,14% de alta. Mesmo assim, ficaram com o maior resultado de grupo, responsáveis por 60% do índice do mês, detendo 0,28 ponto percentual da taxa. Na tabela a seguir, as principais altas:
