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Após IPCA-15, consultorias sobem estimativa do IPCA de janeiro para 1,2%

Consultorias e bancos reajustaram para cima suas estimativas para o IPCA de janeiro, indicador usado pelo Banco Central (BC) em seu sistema de metas de inflação. A mudança foi consequência do resultado do IPCA-15, que serve de prévia para o número oficial, e que subiu 0,89% em janeiro, conforme divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IPCA-15 é coletado do dia 16 de um mês a 15 do mês de referência, e fecha portanto 15 dias antes do IPCA, que coleta os dias de 1 a 30 do mês.

O Banco Itaú subiu a estimativa do IPCA de 1,12% para 1,25% e, para 2015, de 6,9% para 7,1%, bem acima do teto da meta do BC, de 6,5%. Em janeiro, o IPCA já atingirá em 12 meses 7,15%. O banco trabalhava com uma alta de 0,83% para o IPCA-15, mas foi surpreendido por uma queda menor nas passagens aéreas, aluguel e empregados domésticos. A revisão do índice do mês tem por base essas surpresas. Já no ano, a elevação da estimativa se deve à aposta de que o item alimentação subirá mais, além do aumento da Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico (Cide) e do PIS/Pasep sobre a gasolina e o diesel.

Já a MCM Consultores diz que o IPCA-15 indica uma alta de 1,20% no IPCA do mês. Para a consultoria, a expectativa é de aceleração nos itens que puxaram a prévia. As passagens aéreas e alimentação devem manter a inflação em alta e levar o IPCA em 12 meses a 7,1%.

Já a Concórdia Corretora estima que o IPCA de janeiro pode chegar a 1,30% após os dados do IPCA-15. Para a corretora, a tendência é que os preços dos alimentos no atacado e no varejo se mantenham pressionados em janeiro e fevereiro, mantendo os índices de preços em níveis elevados. A estimativa da corretora para o ano é de uma alta do IPCA de 6,7%.

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