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Índice FipeZap de preços de imóveis tem primeira queda mensal desde 2010

Pela primeira vez desde agosto de 2010, o preço médio dos imóveis no Brasil recuou, conforme pesquisa da FipeZap. O índice que acompanha o preço de venda dos imóveis em 20 cidades brasileiras por meio dos anúncios registrou pequena queda nominal, de -0,01%, na passagem entre julho e agosto, a primeira da série histórica. Das 20 cidades pesquisas pelo Índice FipeZap, seis tiveram queda em agosto: Rio de Janeiro (-0,36%), Belo Horizonte (-0,31%), Brasília (-0,21%), Curitiba (-0,19%), Niterói (-0,07%) e Goiânia (-0,10%).

No acumulado do ano, o Índice FipeZap registra um crescimento em 2015 de 1,50%, enquanto a inflação esperada para o IPCA (IBGE) no mesmo período é de 7,1%. Dessa maneira, o preço médio anunciado do metro quadrado ampliou sua queda real para -5,2% em 2015. Com exceção de Florianópolis, todas as outras cidades que compõem o Índice FipeZap registraram variações menores do que a inflação até agosto, sendo que Niterói, Brasília e Curitiba tiveram queda nominal nesse mesmo período.

Já no período de 12 meses terminado em agosto, a variação do Índice FipeZap foi de 3,32%. No mesmo período, a inflação esperada para o IPCA é de 9,56%. Se confirmada essa inflação, os imóveis mostraram uma queda real de 5,69% no período. Foi a oitava vez consecutiva em que a variação do Índice FipeZap foi menor do que a inflação nessa base de comparação. Todas as cidades pesquisadas mostraram altas menores do que a inflação nacional nessa base de comparação.

O valor anunciado do metro quadrado médio das 20 cidades em agosto foi de R$ 7.613. A cidade com o metro quadrado mais caro continua sendo o Rio de Janeiro (R$ 10.593), seguida por São Paulo (R$ 8.607). Os dois municípios que apresentaram os menores preços foram Contagem (R$ 3.575) e Goiânia (R$ 4.179).

Em São Paulo, os preços dos imóveis subiram 0,07% em agosto em relação a julho, acumulando 2,37% de alta no ano e 3,71% em 12 meses, bem abaixo da inflação. Já no Rio, houve queda de 0,36% em agosto, o que reduziu a alta no ano dos imóveis cariocas para 0,11% e para 1,45% em 12 meses.

 

 

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