Arenas das Empresas, Governança

Em clima de guerra, 6 conselheiros independentes da HRT deixam empresa

A HRT, empresa de exploração de petróleo, anunciou hoje que recebeu a carta de demissão de seis dos seus sete conselheiros independentes. Permanecem ainda no conselho apenas John Anderson Willot, como presidente, Wagner Elias Peres, como conselheiro titular, Márcio Rocha Mello, também titular e Elias Ndevanjema Shikongo, único independente a continuar.

A decisão teria sido um protesto pela suspensão de dois conselheiros, Edmundo Falcão e Marcelo Pacheco, que tiveram sua eleição anulada. Ambos foram também excluídos do conselho fiscal.  A empresa pediu ainda a restituição dos valores pagos aos conselheiros afastados e suspendeu também François Moreau e Oscar Prieto, representantes do fundo americano Discovery. A empresa pretende agora reagendar a assembleia que estava marcada para hoje.

A decisão do afastamento foi tomada na sexta-feira passada e revoltou os demais conselheiros, que enviaram ontem cartas de renúncia ao conselho. Deixaram o conselho Thomas W. Ebbern, Peter L. O ́Brien, Joseph P. Ash, François Moreau, Charles Laganá Putz e Oscar Prieto.

A empresa informou que a diretoria está reunida hoje com consultores jurídicos para definir os próximos passos, e que os episódios “não interferem no funcionamento regular da HRT, destacadamente no tocante à sua gestão financeira e de seus ativos”.

O conflito entre os conselheiros seria provocado pelo descontentamento dos sócios com a orientação da empresa e com os investimentos feitos na Namíbia. A empresa alegou que os conselheiros afastados não informaram ter ligações com outras empresas do setor.

Às 12h20, os papéis ordinários (ON, com voto) da HRT estavam em queda de 1%, negociados a R$ 0,94.

Artigo AnteriorPróximo Artigo