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Renda fixa índice e dólar lideram rentabilidades em outubro

Os fundos renda fixa índices, que aplicam em papéis de longo prazo do Tesouro corrigidos pela inflação do IPCA, as NTN-B, foram a melhor aplicação de outubro, seguidos do dólar, em um mês marcado pelas fortes oscilações dos mercados por conta da eleição presidencial mais disputada desde a redemocratização do país.

Os renda fixa índices foram beneficiados com a queda dos juros longos, especialmente depois do Banco Central (BC) ter aumentado a taxa básica Selic de 11% para 11,25% esta semana. Com isso, o mercado passou a trabalhar com juros mais altos no curto prazo, mas mais baixos no longo, o que reduziu as taxas reais das NTN-B e valorizou os papéis antigos, que pagavam remuneração mais alta. As NTN-B com vencimento em 2050 acumulavam ganho de 2,16% no mês até ontem.

Pela projeção feita pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) com base nas cotas até dia 28, os fundos renda fixa índices renderam em média 2,57%. Eles são também líderes na rentabilidade no ano, com 12,58% brutos.

O mesmo movimento ajudou os fundos renda fixa tradicionais, que diversificam as aplicações em papéis do governo prefixados de prazo mais curto e corrigidos pelo juro diário da Selic, além de papéis privados como CDB corrigidos pelo CDI diário. Esses fundos tiveram ganho médio de 1,10% em outubro, pelas estimativas da Anbima.

O dólar também foi destaque em outubro, subindo 1,18% em outubro, elevando o acumulado no ano para 5,13%. A moeda fechou sendo vendida no mercado comercial a R$ 2,48, ante R$ 2,45 no mês anterior, refletindo a valorização no mercado internacional e o nervosismo com o cenário eleitoral.

Apesar da alta, o dólar segue abaixo das aplicações de renda fixa no ano.

Já o Ibovespa fechou o mês em alta de 0,95%, acumulando 6,06% no ano, impulsionado no último pregão do mês pelos papéis da Petrobras e pela expectativa de que o governo vai reajustar os preços dos combustíveis. A decisão, prevista para hoje na reunião do Conselho da empresa, ficou para terça-feira.

Abaixo, as rentabilidades das principais aplicações em outubro.

 

Rentabilidades Outubro (%)
Aplicação Mês Ano Liq mês* Liq. Ano*
Fundo RF Índice 2,57 12,58 2,19 10,70
Dólar Comercial 1,18 5,13 1,18 5,13
Fundo RF 1,10 9,60 0,94 8,16
Fundo RF Cred.Priv. 1,01 8,89 0,86 7,56
Fundo DI 0,95 9,00 0,81 7,65
Ibovespa 0,95 6,06 0,95 6,06
Fundo C. Prazo 0,94 8,85 0,75 7,08
CDI 0,94 8,85 0,80 7,52
Poupança 1 0,60 5,85 0,60 5,85
Poupança 2 0,60 5,85 0,60 5,85
IGP-M 0,28 2,05 0,28 2,05
Ouro -1,27 3,64 -1,27 3,64

 

 

Rentabilidades 2014 (%)
Aplicação Outubro Ano Liq mês* Liq. Ano*
Fundo RF Índice 2,57 12,58 2,19 10,70
Fundo RF 1,10 9,60 0,94 8,16
Fundo DI 0,95 9,00 0,81 7,65
Fundo RF Cred.Priv. 1,01 8,89 0,86 7,56
Fundo C. Prazo 0,94 8,85 0,75 7,08
CDI 0,94 8,85 0,80 7,52
Ibovespa 0,95 6,06 0,95 6,06
Poupança 1 0,60 5,85 0,60 5,85
Poupança 2 0,60 5,85 0,60 5,85
Dólar Comercial 1,18 5,13 1,18 5,13
Ouro -1,27 3,64 -1,27 3,64
IGP-M 0,28 2,05 0,28 2,05

Fonte: BC, Anbima, FGV, Cetip, Lopes Filho, CMA, BM&FBovespa. O rendimento dos fundos foi projetado pela Anbima, com base em dados até dia 28. Poupança 1 são depósitos feitos a partir de 4 de maio, seguindo a nova fórmula de remuneração da caderneta. Poupança 2 são depósitos feitos antes de 4 de maio, que seguiram rendendo 0,5% ao mês mais TR. O imposto de renda descontado dos fundos e do CDI equivale a 15%, referente a aplicações com mais de 2 anos de prazo, com exceção dos fundos curto prazo, cujo desconto foi de 20% do rendimento bruto. Dólar, Ibovespa e ouro não sofreram desconto de imposto.

 

 

 

 

 

 

 

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