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Petrobras sobe quase 7% e segura avanço do Ibovespa; petróleo tem alta de 11%

Diante da inesperada valorização de 11% do petróleo no exterior, as ações da Petrobras subiram quase 7%, puxando também para cima o Índice Bovespa. O principal indicador acionário do país ganhou 1,25%, aos 39.808 pontos. Ainda assim, o volume financeiro do pregão somou apenas R$ 4,5 bilhões, segundo dados preliminares da BM&FBovespa, pouco mais da metade da média diária de 2015, de R$ 7,3 bilhões. Apesar da alta de hoje, na semana, o Ibovespa recuou 3,14% e 0,49% no mês. Em 2015, as perdas já chegam a 9,30%.

O petróleo tipo WTI, negociado em Nova York, teve alta de 11,33%, para US$ 29,18, acompanhado pelo barril do tipo Brent, de Londres, que avançou 9,02%, para US$ 32,77. A matéria-prima reagiu hoje à trégua da aversão ao risco que ditou o ritmo dos principais índices globais. As commodities metálicas como um todo tiveram ganhos e, nesse contexto, Vale ON subiu 3,85% e o papel PNA, 2,02%.

Entre as instituições financeiras, que chegaram a ganhar mais pela manhã, Itaú Unibanco PN avançou 0,79%, seguido por Bradesco PN, 0,31%, e pelas units (recibos de ações) do Santander, 1,36%. Banco do Brasil ON, por sua vez, perdeu 0,46%.

Oi sobe 8% e Suzano cai 2%

Tirando Petrobras, as maiores altas do Ibovespa foram lideradas por Oi ON, 8,82%, Smiles ON, 6,76%, TIM ON, 5,63%, e Bradespar PN, 4,99%. Na contramão, as piores quedas do índice ficaram com Suzano Papel PNA, 2,34%, MRV ON, 2,31%, Cia Hering ON, 2,21%, e CCR ON, 1,22%. A Bradespar se beneficiou na condição de importante acionista da Vale, num dia de alta das commodities.

Usiminas perde 15% na semana; Suzano avança quase 1%

Na semana, as piores perdas do indicador foram de Usiminas PNA, 15,84%, CSN ON, 11,42%, Gerdau PN, 11%, e, uma vez mais, Rumo Logística ON, 10,43%. Já as maiores altas do índice ficaram com Suzano Papel PNA, 0,93%, Tractebel ON, 0,53%, Lojas Americanas PN, 0,41%, e Cemig PN, 0,34%.

Exterior melhora

Os mercados americano e europeu fecharam uma semana de instabilidade. Na zona do euro, o Stoxx 50, dos 50 papéis mais líquidos do bloco, ganhou 2,83%, assim como o britânico Financial Times, 3,08%, o alemão DAX, 2,45%, e o francês CAC, 2,52%, no dia em que a região informou um aumento de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre de 2015, em linha com o esperado pelos analistas. Além disso, o Deutsche Bank teve ganhos de 11,8% depois de garantir que recomprará mais de US$ 5 bilhões em dívida, tranquilizando o mercado sobre sua capacidade de honrar os seus compromissos.

Nos Estados Unidos, próximo do horário de fechamento do mercado, o Dow Jones registrava alta de 1,87%, com o S&P 500, 1,77%, e o indicador da Nasdaq, 1,57%, no último pregão antes do feriado nacional do Dia dos Presidentes, que suspenderá as negociações de ações na segunda-feira. No país, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Nova York, William Dudley, afirmou que ainda é muito cedo para falar sobre juros negativos por lá, em referência à última fala da presidente do Fed, Janet Yellen. “A economia está em boas condições”, afirmou.

Juros recuam e dólar fecha a R$ 3,99

As projeções dos juros futuros até janeiro de 2017 marcaram queda de 14,46% ao ano para 14,41%. Os negócios válidos até janeiro de 2018 ficaram com taxas de 15,10%, ante 15,20% de ontem. Para 2021, as projeções caíram de 16,12% para 16,06%. Apesar da calmaria, a divisa americana no segmento comercial subiu 0,17%, para R$ 3,99 na venda, como o dólar turismo, que ganhou 0,73%, vendido a R$ 4,12.

No Brasil, os investidores acompanharam a primeira prévia de fevereiro do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, que registrou inflação de 1,23%. Com a prévia, em 12 meses, o IGP-M acumula taxa de inflação de 12,01%.

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