Ações, Ações na Arena

Com Petrobras, Ibovespa volta aos 52 mil pontos; CSN sobe 12% e, com BC, dólar sobe 0,6%

O Índice Bovespa fechou hoje com avanços de 1,37%, para 52.233 pontos, com a ajuda das ações da Petrobras e dos bancos.  É a maior pontuação desde 12 de maio, última vez que o índice superou os 52 mil pontos. O volume financeiro do pregão somou R$ 7,3 bilhões. O índice manteve assim, no primeiro dia de julho, a tendência de junho, quando subiu 11,3%, e do primeiro semestre, quando acumulou 18,86%.

As ações ordinárias (ON, com voto) e preferenciais (PN, sem voto) da estatal petroleira subiram 4,78% e 4,25%, respectivamente, acompanhando a alta de quase 2% do petróleo no mercado internacional.

Vale, por sua vez, registrou alta com a suspensão a decisão que homologou multa no âmbito da ação civil pública de R$ 20,2 bilhões pela tragédia da ruptura da barragem da subsidiária Samarco em Minas Gerais. As ações ON da mineradora avançaram 2,15%, seguidas pelas PNA, com 1,61%, ignorando o recuo de 2,39% do minério de ferro na China, para US$ 54,33 a tonelada.

Entre as instituições financeiras, Itaú Unibanco PN teve ganhos de 2,01%, Bradesco PN, 1,75%, e as units (recibos de ações) do Santander, 0,86%. Já Banco do Brasil ON recuou 0,76%. Ontem , o Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou que as instituições de maior porte deverão ter planos de recuperação para momentos de crise.

Dos indicadores locais, a consultoria econômica Markit divulgou o Índice dos Gerentes de Compras (PMI na sigla em inglês) da manufatura do país e apontou que as condições operacionais no setor industrial do Brasil pioraram ainda mais em junho, com os declínios contínuos nas entradas de novos pedidos levando as empresas a reduzirem novamente os seus níveis de produção. Além disso, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou junho com aumento de 0,26%, 0,07 ponto percentual abaixo da última taxa.

CSN bate 12% e JBS recua 5%

CSN ON liderou as maiores altas do Ibovespa com ganhos de 12%, seguida por Fibria ON, 7,52%, Klabin unit, 5,97%, e Usiminas PNA, 5,58%. As exportadoras subiram depois que o Banco Central (BC) anunciou um leilão de swap cambial reverso para deter a queda do dólar, o primeiro na nova gestão de Ilan Goldfajn. Um sinal de que o BC não vai deixar o dólar derreter.

Na ponta negativa, as piores quedas do indicador foram de JBS ON, 5%, Qualicorp ON, 4,03%, Ecorodovias ON, 2,63%, e Ultrapar ON, 1,97%. A JBS perdeu com as denúncias de envolvimento de companhia do grupo, a Eldorado, em esquemas de corrupção investigados pela Lava Jato.

Kroton avança 5% com fusão próxima

Depois da positiva do Conselho de Administração da Estácio Participações sobre a proposta de fusão oferecida pela Kroton, as ações da gigante de educação avançaram 5,15%, o quarto maior volume negociado do dia. Estácio ON subiu 1,47%.

Exterior ganha; petróleo tem trajetórias contrárias

Nos Estados Unidos, o PMI da manufatura melhorou de 50,7 para 51,3 pontos em junho, mas ainda pior que a prévia de 51,4. O índice de atividade do setor de manufatura, medido pelo Instituto dos Gerentes de Suprimentos (ISM, na sigla em inglês), também subiu de 51,3 para 53,2 pontos em junho, contra expectativa de estabilidade por parte dos analistas. Por fim, pior do que o esperado, os gastos com construção diminuíram 0,8% em maio, na análise mensal. O Dow Jones ganhou 0,10%, o S&P 500, 0,19%, e o índice da Nasdaq, 0,41%.

O petróleo fechou em alta no mercado externo. O WTI, negociado em Nova York, ganhou 1,97%, para US$ 49,28, enquanto o barril do Brent, de Londres, registrou alta de 1,83%, para US$ 50,62.

Na Europa, o Stoxx 50, dos 50 papéis mais líquidos do bloco, avançou 0,64%, o britânico Financial Times, 1,13%, o francês CAC, 0,99%, e o alemão DAX, 0,86%. Por lá, o PMI da manufatura passou de 51,5 pontos para 52,8 pontos em junho, acima da prévia de 52,6 pontos.

Juros curtos caem; com swaps, dólar sobe para R$ 3,23

Resultado da tendência vista pela manhã, o mercado de juros futuros de curto prazo fechou o dia em queda. Para 2017, as taxas caíram de 13,94% ao ano para 13,85%, como as projeções com vencimento em 2018, que passaram de 12,92% para 12,71%. Finalmente, 2021 teve juros de 12,19%, ante 12,15% ontem.

Após a intervenção do Banco Central (BC) no mercado com leilão de 10 mil contratos de swap cambial, aproximadamente US$ 500 milhões, a divisa americana ensaiou algum avanço. O dólar comercial teve alta de 0,52%, sendo vendida a R$ 3,23, acompanhada pelo dólar turismo, que subiu 0,59%, para R$ 3,33 na venda. Hoje, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, disse que deverá “enxugar” os estoques de swap antes de comprar mais reservas nas tentativas de evitar uma valorização excessiva do real e um prejuízo para os exportadores. No ano até junho, o dólar registra perdas de 18,73%.

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