Ações, Ações na Arena

Ibovespa perde quase 1% com nova tributação para bancos; dólar avança para R$ 3,06

Apesar do aumento anunciado pelo governo na contribuição social sobre lucro líquido (CSLL) dos bancos, o Índice Bovespa tinha baixa de apenas 0,99% às 12h10, para 54.567 pontos. A decisão federal de aumentar a tributação de 15% para 20% para o setor pressionava as ações das instituições financeiras. Os papéis preferenciais (PN, sem voto) do Bradesco recuavam 1,24%, seguido por Itaú Unibanco PN, 1,16%, pelas ações ordinárias (ON, com voto) do Banco do Brasil, 1,94%, e pelas units (recibo de ações) do Santander, 2,39%.

Os bancos têm forte peso no Ibovespa, o que ajuda a puxar para baixo o indicador.

Na semana, os bancos já vinham sendo atingidos pelos boatos sobre os tributos. Só o Itaú marcou desvalorização de 6,87% até ontem, assim como o Bradesco (7,9%) e BB (6,06%). A corretora XP Investimentos reduziu a recomendação para o setor de bancos por conta da tributação. Cálculos indicam que a medida pode representar uma redução de até 8% nos lucros dos bancos nos próximos anos.

Maiores altas e baixas

Sem contar o segmento bancário, as piores quedas do Ibovespa estavam com as ações preferenciais da série B (PNB) da Eletrobras, 5,90%, Light ON, 4,68%, Cesp PNB, 3,29%, e Eletrobras ON 3,18%. A geradora, transmissora e distribuidora de energia Eletrobras cai com seu rebaixamento de nota por parte da agência de classificação de risco Moody’s para Ba1, de Baa3. Com isso, a estatal perde seu selo de grau de investimento e passa a ser considerada “de grau especulativo”.

Na contramão, as maiores altas do índice eram lideradas por Kroton ON, 3,49%, Embraer ON, 1,88%, Vale PNA, 1,43%, e Estácio ON, 1,21%. Enquanto as empresas educacionais ainda ganham com as notícias de reabertura do programa de financiamento estudantil federal (Fies), com forte peso no indicador, a mineradora Vale ajuda a segurar  as perdas do principal índice brasileiro. Seus papéis ON também sobem 0,74%.

Mercados Internacionais

Na Europa, na ponta negativa, o Stoxx 50, dos 50 papéis mais líquidos da região, cai 0,18%, e o DAX, de Frankfurt, recua 0,26%. Já o Financial Times, de Londres, ganha 0,57%, seguido pelo CAC, de Paris, 0,03%. Hoje, autoridades gregas informaram que estão otimistas com um acordo com seus credores. O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, reiterou um pedido para que os demais países do bloco reformem os fundamentos de suas economias diante das perspectivas de crescimento modesto na zona do euro.

Nos Estados Unidos, o Dow Jones perde 0,33%, o Standard & Poor’s 500 está estável e o índice da Nasdaq sobe 0,21%. Para às 14h, os investidores aguardam um discurso da presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Janet Yellen.

O petróleo WTI, negociado em Nova York, desacelera os fortes ganhos de ontem, com recuo de 1,30%, para US$ 59,93, e o barril do tipo Brent, de Londres, tem desvalorização de 1,43%, para US$ 65,59.

Dólar e Juros

O dólar comercial sobe 0,68%, para R$ 3,06 na venda, acompanhado pelo dólar turismo, das passagens aéreas e dos cartões de crédito, com alta de 0,93%, sendo vendido por R$ 3,25. As taxas de juros DI futuros também avançam no curto prazo. Para 2016, as projeções passam de 13,79% ao ano para 13,84%. Os negócios com vencimento em janeiro de 2017 têm taxas de 13,40%, ante 13,36% de ontem. No longo prazo, as projeções para 2021 caem de 12,43% para 12,40%. Hoje, o IBGE divulgou o IPCA-15, que serve de prévia para a inflação, com alta de 0,60% em maio e 8,24% em 12 meses, bem acima da meta de 4,5% e do limite de tolerância, de 6,5% no ano.

 

Artigo AnteriorPróximo Artigo