Ações, Ações na Arena

Investimento das companhias abertas brasileiras é o menor desde 2009

De dezembro de 2009 até junho deste ano, as empresas brasileiras registraram seu pior patamar em investimentos. Na mediana, o país investe o equivalente a 112% ou 1,12 vez a depreciação de seu parque industrial, segundo levantamento da Economática. Ou seja, o investimento em novas máquinas, equipamentos ou modernização é suficiente para repor o parque antigo, mas não garante aumento de produção. Na prática, as empresas brasileiras estão investindo pouco e seus ativos estão envelhecendo e perdendo competitividade.

O investimento é um dos principais fatores de crescimento da economia. Quando as empresas não investem, é sinal que não há perspectivas de ampliação de produção ou muito incerteza sobre os rumos da economia do país, como ocorreu no ano passado e no começo deste.

Em uma comparação com os Estados Unidos, a mediana tem mais estabilidade, entre 120% e 140%, durante esses sete anos. O melhor momento das empresas americanas ocorreu em dezembro de 2012, quando sua mediana bateu os 154,9% da depreciação.

Já o melhor nível do Brasil aconteceu no quarto trimestre de 2011, com 211,8%. Foi a partir de março do ano passado que as empresas brasileiras ficaram baixo das americanas.

Na análise por setores brasileiros, dos 24 avaliados, nove tiveram o indicador abaixo dos 100% em investimentos, o que aponta que suas aplicações não cobrem sequer a depreciação de sua estrutura de produção. Entre os menores estão construção, com 33,6%, veículos e peças, com 59,3% e química, 77,3% da depreciação. Neste segundo trimestre, as melhores medianas locais ficaram com os segmentos de água e esgoto, 271,5%, energia elétrica, 211,4%, e software, 201,7%. 

Confira a comparação dos investimentos de companhias brasileiras e americanas desde dezembro de 2009:

capex_vs_depreciação_Economática

Fonte: Economática

Artigo AnteriorPróximo Artigo