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Instabilidade pressiona e Ibovespa sobe 0,12% com exterior; Petrobras cai 3% com petróleo

Em um novo pregão de forte instabilidade, o Índice Bovespa subiu tímido 0,12%, para 56.852 pontos, refletindo o comportamento das bolsas internacionais. O volume financeiro do indicador somou R$ 6,9 bilhões, próximo à média diária anual de R$ 7 bilhões.

Com importante peso no Ibovespa, as instituições financeiras conseguiram segurar ganhos até o fim do dia. As ações preferenciais (PN, sem voto) do Itaú Unibanco ganharam 0,39%, Bradesco PN, 0,35%, e os papéis ordinários (ON, com voto) do Banco do Brasil, 0,19%. Em queda, as units (recibos de ações) do Santander perderam 0,35%, após a divulgação do banco de lucro líquido de R$ 1,8 bilhão de abril a junho de 2016, uma melhora de 7,8% na comparação anual e de 8,8% contra o trimestre imediatamente anterior. Além disso, com a retração da atividade econômica, o aumento das taxas de juros, a falta de confiança e a queda do dólar levaram à uma redução do saldo do crédito no país. De acordo com dados do Banco Central (BC), o saldo de todas as operações de crédito concedido pelos bancos caiu 0,5% em junho e 2,8% no ano.

Já Petrobras, sob pressão da desvalorização de quase 3% do petróleo no exterior e o aumento dos estoques nos Estados Unidos, viu suas ações ON caírem 1,02% e as PN recuarem 3,11%, liderando as piores baixas do índice. Hoje, o presidente da estatal, Pedro Parente, afirmou que a venda de participações na BR Distribuidora deverá resultar na mudança de controle da empresa ainda no primeiro trimestre de 2017. A empresa atua no transporte de combustíveis da petroleira.

Na ponta oposta, o minério de ferro bateu ganhos de quase 1% na China, impulsionando os papéis ON e PNA da Vale, que avançaram 2,71% e 3,36%, respectivamente. No noticiário político, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a prioridade nas votações da Casa é a agenda econômica do governo.

Usiminas atinge 8%; Petrobras lidera perdas do Ibovespa

As maiores altas do Ibovespa foram puxadas por Usiminas PNA, 8,88%, Gerdau Metalúrgica PN, 4,51%, Gerdau PN, 4,21%, e Weg ON, 4,11%. A fabricante de motores elétricos, transformadores, geradores e tintas Weg informou pela manhã queda de 2,2% no lucro líquido do segundo trimestre, para R$ 255 milhões, contra o mesmo período do ano passado. Do lado negativo, as piores baixas do indicador acionário local ficaram com Petrobras ON, Estácio ON, 2,77%, Qualicorp ON, 2,74%, e Cesp PNB, 2,54%.

Juros longos recuam e dólar fecha a R$ 3,27

Os juros futuros com vencimento em janeiro de 2017 permaneceram estáveis em 13,98% ao ano. Para 2018, as taxas caíram de 12,87% para 12,85%, seguidas pelas projeções válidas até 2021, que recuaram de 12,08% para 12,05%.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou com leve alta de 0,02%, para R$ 3,27 na venda, enquanto o dólar turismo ficou estável, vendido R$ 3,40. A desvalorização da moeda americana observada nos últimos meses tem sido um dos fatores de grande destaque no mercado brasileiro. Segundo o economista-chefe da Nova Futura Corretora, Pedro Paulo Silveira, a combinação entre taxa de juros alta e uma relativa estabilidade política tem feito com que o Brasil volte a ser o paraíso dos investidores estrangeiros.

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