Ações, Ações na Arena

Ibovespa perde 1,21% com bancos; dólar fecha em R$ 2,55

Com os investidores à espera da nova equipe econômica de Dilma Rousseff, o Índice Bovespa fechou o dia em baixa de 1,21%, aos 55.406 pontos, puxado para baixo pelo desempenho das ações da Petrobras, do ItaúUnibanco, Banco do Brasil e Bradesco.

O índice chegou a subir mais de 2% pela manhã, mas perdeu o fôlego e passou a cair no período da tarde, com os investidores aproveitando também para colocar no bolso parte dos ganhos de 5% de sexta-feira. Dólar e juros também subiram.
No mercado, segue a expectativa com o anúncio oficial da equipe econômica do segundo mandato da presidente, com o comando na Fazenda entregue a Joaquim Barbosa, um economista da escola de Chicago, o que indica uma guinada em direção a políticas mais ortodoxas de controle da inflação e do déficit público.

A demora no anúncio e as fortes críticas de representantes do PT e de economistas mais heterodoxos ligados à presidente à indicação de Levy provocaram certa preocupação do mercado, que especulou hoje que outro nome da equipe, Nelson Barbosa, estaria relutante em aceitar o cargo de ministro do Planejamento. Barbosa tem uma visão menos ortodoxa da economia e tenderia a discordar de Levy.

Os papéis preferenciais (PN, sem voto) do Itaú tiveram perda de 2,08%, acompanhados pelos ordinário (ON, com voto) do BB, com -3,49%,  e pelas ações PN do Bradesco, -1,61%. Petrobras ON teve queda de 1,47% e o papel PN, 0,63%.

Já as ações da Vale compensaram as quedas das principais empresas, com o papel PNA ganhando 0,89% e o ON, 0,47%.

Maiores altas e baixas

As maiores alta do Ibovespa ficaram com Eletropaulo PN, com 6,31%, Gerdau Metalúrgica PN, 3,04%, Suzano Papel PNA, 2,18%, Usiminas PNA, 2,03% e PDG Realty ON, 1,72%.

As piores baixas do índice foram lideradas por Oi PN, com 8,55%, seguida de Rossi Residencial ON, 7,92%, Cosan Logística ON, 5,57%, ALL ON, 4,98% e BB Seguridade ON, 3,88%.

BMF&Bovespa na América Latina

Em entrevista ao jornal britânico Financial Times publicada ontem, o presidente da BMF&Bovespa, Edemir Pinto, afirmou que a bolsa brasileira pretende comprar até 15% de todas as principais operadoras de bolsas da América Latina, a fim de aumentar sua influência na região.

As ações ON da empresa caíram 0,28%.

Mercados Internacionais

Na zona do euro, os investidores se animaram hoje com a alta do índice de confiança nos negócios da Alemanha, que passou de 103,2 em outubro para 104,7 em novembro, segundo dados do Instituo Ifo. A estimativa dos analistas era de 103. O Índice Stoxx 50, das 50 ações mais líquidas da região, ganhou 0,55%. Já o britânico Financial Times perdeu 0,31%. O DAX, de Frankfurt, teve alta de 0,54%, seguido pelo CAC, de Paris, com 0,49%.

Nos Estados Unidos, dados preliminares do setor de serviços do instituto Markit mostraram uma expansão menor em novembro. Amanhã é esperada a divulgação da revisão do crescimento do PIB americano do terceiro trimestre, que pode vir abaixo da estimativa anterior,  enquanto a confiança do consumidor deve apresentar alta em novembro, segundo a Bloomberg. O Dow Jones subia 0,04% no fim do dia, seguido do Standard & Poor’s 500, com 0,29%, e do indicador da bolsa eletrônica Nasdaq, 0,89%, atingindo novos níveis recordes de pontos.

Dólar e Juros

No Brasil, o dólar no segmento comercial teve valorização de 1,14%, voltando a R$ 2,55 na venda, anulando praticamente todo o ganho de sexta-feira com a indicação dos nomes da equipe econômica. O dólar turismo caiu 1,46%, sendo vendido a R$ 2,69.

Hoje, o mercado repercutiu o aumento do déficit externo brasileiro em outubro, o maior para o mês desde 1947.

No mercado de juros futuros, as taxas de curto prazo fecharam o dia em alta. Para 2015, as taxas projetadas saíram de 11,35% para 11,36%. Os contratos com vencimento em janeiro de 2016 tiveram taxas de 12,30%, ante 12,29% da semana passada. As taxas projetadas para 2017 passaram de 12,18% para 12,22%. No longo prazo, as projeções dos contratos para 2021 caíram de 11,87% para os atuais 11,84%.

Artigo AnteriorPróximo Artigo