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Ibovespa perde 0,10% com Petrobras; dólar avança a R$ 2,57

Um dia após a presidente Dilma Rousseff anunciar sua tão aguardada equipe econômica, o Índice Bovespa fechou em baixa com perdas de 0,10%, aos 54.664 pontos, puxado pelas ações da Petrobras, que caíram mais de 4%. No total, foram negociados R$ 5,3 bilhões, soma bem inferior à média anual de R$ 7,3 bilhões. O volume mais fraco foi impulsionado pelo fechamento antecipado das bolsas americanas, já que muitos investidores emendaram o feriado de ontem do Dia de Ação de Graças no país.

Ainda sob influência da desvalorização dos preços do petróleo no mercado internacional, os papéis ordinários (ON, com voto) da Petrobras encabeçaram as piores quedas do Ibovespa com baixa de 4,76%, seguidos pelas ações preferenciais (PN) da estatal, com -4,70%. Os papéis ON fecharam cotados a R$ 12,15 e as PN, R$ 12,80. Em seguida vieram Rossi ON, 3,51% e Cosan ON, 2,38%.

Vale PNA ajudou a segurar o Ibovespa, com alta de 1,27%, enquanto o papel ON ganhou 1,39%.

As maiores altas do índice ficaram com Fibria ON, 3,28%, Gol PN, 3,22%, Gerdau Metalúrgica ON, 3,09%, e Gafisa ON, 3%. As exportadoras Fibria e Gerdau se beneficiam do avanço da moeda americana, enquanto a Gol ainda ganha com a queda do petróleo, que desvaloriza também o preços dos combustíveis, um dos principais gastos operacionais da aérea.

Petróleo segue derretendo

As perdas de valor do óleo recuaram no mercado externo. O petróleo WTI, negociado nos EUA, ainda se ajustava ao mercado da Bolsa de Mercadorias de Nova York, que esteve fechado ontem por conta do feriado. Ele somava queda de 10,23%, para US$ 66,15 o barril. A commodity do tipo Brent, negociada em Londres, caiu mais 3,35% hoje, além dos 6% de ontem, para US$ 70,15 o barril.

Inflação preocupa na Europa

Na zona do euro, os principais índices refletiram a nova baixa da inflação anual, que caiu 0,1 ponto percentual, para 0,3% em novembro, a pior em cinco anos. Na contramão, o ânimo dos investidores também foi influenciado pelo aumento de 1,9% das vendas do varejo da Alemanha em outubro, após forte baixa em setembro. O Índice Stoxx 50, dos 50 papéis mais líquidos do bloco, ganhou 0,19%. O Financial Times, de Londres, por sua vez, perdeu 0,01%. Já o CAC, de Paris, subiu 0,18%, seguido pelo DAX, de Frankfurt, com 0,06%.

Nos Estados Unidos, com o mercado fechando mais cedo, o Índice Dow Jones ficou estável. O Standard & Poor’s 500 caiu 0,25%, enquanto o indicador da Nasdaq teve alta de 0,09%.

Dólar e Juros

No Brasil, o dólar comercial subiu 1,62%, sendo vendid0 a R$ 2,57. A divisa se fortalece pelo terceiro mês seguido após afirmações do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, de que os recentes swaps cambiais já atendem à demanda necessária de proteção, segundo a Reuters. Um sinal de que o BC pode deixar a moeda subir um pouco mais. O dólar turismo fechou com alta de 2,25%, a R$ 2,72 na venda.

No mercado de juros futuros da BMF&Bovespa, as taxas projetadas para o curto prazo tiveram altas, acompanhando o dólar e a expectativa de que os juros subam mais na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em dezembro. Para 2015, as projeções foram de 11,44% para 11,48%. Os contratos com vencimento em janeiro de 2016 passaram de 12,35% para 12,46%. As taxas de juros DI projetadas para 2017 subiram de 12,08% ontem para 12,18%. No longo prazo, as taxas para 2021 seguiram estáveis a 11,63%.

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