Ações, Ações na Arena

Ibovespa fecha estável e acumula alta de 9,97% no mês; Petrobras ganha mais de 3%

Depois de registrar alta de mais de 1% no período da tarde, o Índice Bovespa fechou com leve baixa de 0,34%, aos 51.583 pontos. O volume financeiro do pregão somou R$ 7,8 bilhões, acima da média do ano de R$ 6,6 bilhões. Com isso, o índice fecho o mês com alta de 9,97% e, no ano, alta de 3,15%. Em 12 meses, o índice sobe 9,5%*.

As piores baixas do Ibovespa foram lideradas pelas ações ordinárias (ON, com voto) da Kroton, 9,73%, pelos papéis preferenciais (PN, sem voto) da Marcopolo, 9,67%, Gafisa ON, 7,07%, e Light ON, 6,87%. As empresas do setor de educação refletiram a possibilidade da ampliação dos cortes de gastos em programas sociais atingir o programa de financiamento estudantil (Fies).

Os bancos que seguraram os avanços pela manhã tiveram perdas. Itaú Unibanco PN caiu 1,05% e Bradesco PN perdeu 1,23%. As ações da Vale ficaram praticamente estáveis.

Na contramão, as maiores altas do índice foram de BR Malls ON, 4,03%, Petrobras PN, 3,23%, Banco do Brasil ON, 3,08%, e Petrobras ON, 3,04%. A estatal petroleira se beneficiou da valorização do petróleo no exterior, o produto subiu quase 4%.

Petrobras subiu 17% e Vale, 11,84%

Com o resultado de hoje, Petrobras, um dos papéis mais voláteis do mercado neste ano, acumula alta de 16,99% no papel PN e de 17,91% no ON. No ano, a estatal perde 4,49% no PN e 1,15% no ON. Em 12 meses, Petrobras PN perde 27,50% e a ON, 26,37%.

Já a Vale PNA subiu 11,84% no mês, mas cai 3,74% no ano e em 12 meses perde 32,09%. O papel ON subiu 14,19%, reduzindo a perda no ano para 3,01% e, em 12 meses, para -31,33%.

Melhores e piores desempenhos do mês

A lista das empresas do principal indicador brasileiro com melhor desempenho em fevereiro foi liderada por ALL ON, 45,97%, BR Property ON, 31,43%, Sabesp ON, 28,72%, CSN ON, 23,80%, e Oi PN, 23,05%. Já as piores quedas ficaram com Gol PN, 14,08%, PDG Realty ON, 9,62%, Kroton ON, 6,42%, Marcopolo PN, 6,17%, e Natura ON, 5,19%.

Mercados Internacionais

O número de contratos de compra de moradias usadas nos Estados Unidos aumentou em janeiro para 1,7%, ante 1,5% em dezembro, sua máxima em um ano e meio. O número contrastou com a segunda revisão do PIB americano do quarto trimestre do ano passado, que indicou um crescimento de 2,2%, menor que os 2,6% da primeira previsão. O dado fez o dólar perder força no exterior e os juros dos papéis do Tesouro recuarem.

No fim da tarde, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de Nova York, William Dudley, defendeu que elevar os juros do país tarde demais é mais seguro do que subir a taxa cedo demais. Às 18h, o Dow Jones caía 0,45%, seguido pelo Standard & Poor’s 500, 0,24%, e pelo indicador da bolsa eletrônica Nasdaq, 0,49%.

Os investidores da zona do euro viram com otimismo o desfecho da aprovação do acordo de prorrogação da dívida grega, em meio aos protestos da população na grega, que esperava o fim do arrocho fiscal. O Stoxx 50, dos 50 papéis mais líquidos da região, subiu 0,67%. O Financial Times, de Londres, perdeu 0,04%, enquanto o CAC, de Paris, ganhou 0,83%, e o DAX, de Frankfurt, avançou 0,66%.

O petróleo WTI, de Nova York, ganhou 2,39%, a US$ 49,32, e o Brent, de Londres, teve alta de 3,43%, a US$ 62,11.

Dólar e Juros

Após bater os R$ 2,91, a divisa americana no segmento comercial brasileiro fechou com recuo de 1,03%, a R$ 2,86 na venda. O dólar turismo, das passagens aéreas e dos cartões de crédito, também teve baixa de 0,32%, sendo vendido a R$ 3,05. A revisão para baixo do PIB americano e os dados fiscais ligeiramente melhores no Brasil, acompanhados de anúncios de mais medidas para garantir o cumprimento da meta do ano, ajudaram a valorizar o real em relação ao dólar e derrubar os juros.

No mercado de juros futuros, as projeções dos contratos com vencimento em janeiro de 2016 ficaram em 13,05% ao ano, ante 13,17% de ontem. Para 2017, as taxas recuaram mais, e passaram de 13,04% para 12,78%. Os negócios para 2021 tiveram taxas de 12,24%, contra projeção anterior de 12,66%.

*considera a variação de 28 de fevereiro de 2014 até hoje.

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