Impulsionado pelo desempenho da Vale, o Índice Bovespa fechou o dia com alta de 1,63%, para 56.594 pontos. O volume financeiro do pregão totalizou R$ 9,7 bilhões, bem acima da média do ano de R$ 6,7 bilhões. Só os papéis ordinários (ON, com voto) da mineradora ganharam 10%. Os preferenciais da série (PNA, sem voto) subiram 6,67%, ambos puxados pelo afrouxamento da política monetária da China.
Tirando Vale, as maiores altas do Ibovespa foram encabeçadas por Eletrobras ON, 7,82%, Kroton ON, 5,47%, Bradespar PN, 5,24%, e Petrobras ON, 4,55%. A educacional Kroton se beneficia em meio às notícias de extensão do prazo de inscrições do programa de financiamento estudantil do governo (Fies) e da proposta de eliminar o teto para reajustes das mensalidades das escolas que fazem parte do programa. Bradespar ganha por ser umas das principais acionistas da Vale, enquanto Petrobras tem um alívio após a publicação de seus balanços atrasados. Petrobras PN também avançou 2,63%. Hoje, a Fitch retirou o rating da estatal do petróleo da observação negativa por conta do balanço, apesar dos alertas dos analistas sobre a situação ainda delicada da empresa.
Entre os bancos, Bradesco PN teve alta de 2,39%, com ItaúUnibanco PN ganhando 3,24%. Hoje, o Banco Central divulgou dados do mercado de crédito, com um crescimento de 11,2% em 12 meses. Já as piores baixas do índice ficaram com Multiplan ON, 2,97%, Localiza ON, 2,94%, CCR ON, 2,53%, e BRF ON, 2,07%.
Recordes nos EUA, Grécia dá folga
Nos EUA, o Dow Jones subiu 0,12%, seguido pelo S&P 500, 0,23%, e pelo indicador da Nasdaq, 0,71%. O índice da bolsa de tecnologia reforçou o recorde de ontem, superando o número de pontos do auge da Bolha da Internet, 15 anos atrás, enquanto o S&P 500 atingiu novo recorde hoje.
O dólar caiu em relação a outras moedas e os juros de 10 anos dos papéis do Tesouro dos EUA recuaram 0,05 ponto, para 1,90% ao ano, indicando que um ajuste dos juros do Federal Reserve neste ano deve ser mais suave que o esperado, o que beneficia as ações.
Na zona do euro, o Stoxx 50, dos 50 papéis mais líquidos da região, ganhou 0,43%. O britânico Financial Times avançou 0,24%, acompanhado pelo francês CAC, 0,44%, e pelo alemão DAX, 0,74%. Hoje, a Grécia informou uma melhora nas negociações de sua dívida com credores. Na Alemanha, o Instituto Ifo divulgou um aumento do Índice de Clima de Negócios, de 107,9 para 108,6 em abril.
O petróleo WTI, de Nova York, caiu 0,99%, a US$ 57,17, enquanto o Brent, de Londres, subiu 0,71%, a US$ 65,31.
Dólar e Juros
No Brasil, o dólar comercial fechou com nova queda de 0,87%, para R$ 2,95 na venda, acompanhando os mercados internacionais. O dólar turismo, das passagens aéreas e dos cartões de crédito, também caiu 0,62%, sendo vendido a R$ 3,16. No mercado de juros DI futuros, as taxas para 2016 subiram de 13,54% ao ano para 13,57%. As projeções dos negócios com vencimento em janeiro de 2017 fecharam em 13,41%, ante taxa de 13,37% ontem. No longo prazo, 2021 teve taxas de 12,66%, contra projeção anterior de 12,60%.