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À espera de ministros, Ibovespa ensaia alta, mas cai; juros e dólar sobem

O mercado abriu nesta semana na expectativa do anúncio oficial confirmando os nomes da nova equipe econômica, esperado para quinta-feira. O adiamento do anúncio na sexta-feira causou alguma apreensão nos investidores, que acompanham também as críticas de partidários da presidente Dilma Rousseff e do seu partido, o PT, ao nome de Joaquim Levy, ex-secretário do Tesouro. Ele é visto como muito liberal e com ideias parecidas com as criticadas pela presidente durante a campanha eleitoral. O nome, porém, agradou ao mercado, o que fez o Ibovespa subir 5% na sexta-feira e o dólar e os juros despencarem.

Hoje, o Índice Bovespa abriu em alta, puxado ainda por Petrobras e pela Vale. O índice chegou a subir 2,3%, para 57.359 pontos, mas perdeu a força e encerrava a manhã com queda, de 0,06%, aos 56.051 pontos. Petrobras preferencial  (PN, sem voto) subia 3,15% e o papel ordinário (ON, com voto), 3,60%. Já a Vale PNA ganhava 0,69% e o papel ON, 0,85%.

Os bancos estavam em queda, depois das fortes altas de sexta-feira. O papel PN do Itaú está em baixa de 1,90% e o do Bradesco, 1,61%, enquanto o Banco do Brasil recuava 0,70%.

Maiores altas e baixas

As maiores quedas do Ibovespa são das ON da Rossi Residencial, com -4,85%, seguidas das PN da operadora de telefonia OI, com -3,29%. Itaú vem em seguida. As ON da BB Seguridade caem 2,45%. Já as maiores altas do índice são das ações da Petrobras, seguidas das ON da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), com 3,29%, e Gafisa ON, com 2,64%.

Europa, confiança na Alemanha

No mercado internacional, as bolsas na Europa estão em ligeira alta após o índice de confiança de negócios na Alemanha ter subido em novembro pela primeira vez em sete meses, segundo a Bloomberg. O Instituo Ifo informou que o índice subiu para 104,7, ante 103,2% em outubro.

A estimativa dos analistas era de queda para 103. As declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, na semana passada também ajudam a animar os investidores, esperançosos de que novos estímulos para a economia sejam anunciados. A expectativa ajuda os papéis dos bancos europeus, que seriam beneficiados por novas injeções de recursos.

O Índice Stoxx 50 sobe 0,82%, enquanto o Financial Times, de Londres, cai 0,10%. O CAC, de Paris, ganha 0,72% e o DAX, de Frankfurt, tem alta de 0,63%. O mercado segue o otimismo das bolsas asiáticas, que fecharam em forte alta, com o Hang Seng, de Hong Kong, ganhando 1,95% e o Xangai, 1,85%. O Nikkei, de Tóquio, não tem negócios hoje por conta de um feriado. As bolsa na Ásia seguem otimistas com o corte de juros na China e os esforços do governo do Japão em estimular a economia.

Nos Estado Unidos, nesta semana mais curta pelo feriado do Dia de Ação de Graças na quinta-feira, os mercados futuros indicavam alta para os índices de ações. O Dow Jones futuro  subia 0,19% e o Standard & Poor’s 500, 0,24%.

Dólar e juros curtos sobem

No mercado brasileiro, o dólar voltou a subir, sendo vendido no mercado comercial, das grandes operações de comércio exterior, a R$ 2,54, 0,51% acima do fechamento de sexta-feira. No mercado turismo, de varejo, a moeda está em queda, de 1,46%, para R$ 2,69 na venda.

Os mercados futuros de juros se ajustam também à expectativa de uma equipe econômica mais ortodoxa, que tende a subir mais os juros para combater a inflação. As taxas dos contratos mais curtos de DI futuro estão em alta. A estimativa do contrato para janeiro deste ano, com pouco mais de um mês de negociação antes do vencimento em 2 de janeiro, está em 11,36%, ante 11,35% na sexta-feira. O contrato para janeiro de 2016 projeta 12,31%, ante 12,29% na semana  passada. E o para 2017, indica 12,20%, ante 12,18% na sexta-feira. Já o contrato mais longo, para 2021, projeta 11,80%, ante 11,87% na sexta-feira.

 

 

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