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Com balanços, Ibovespa fecha acima dos 58 mil pontos; nível é o mais alto desde outubro

Em meio ao período de divulgação dos resultados trimestrais das companhias, o Índice Bovespa fechou o dia com alta de 1,22%, para 58.051 pontos. Trata-se do nível mais alto do indicador desde outubro do ano passado, de acordo com dados da Economática. O volume financeiro do pregão somou R$ 8 bilhões, bem próximo da média do ano de R$ 7,9 bilhões. O mercado brasileiro ignorou as quedas nas bolsas da Europa e Estados Unidos.

Próximo do horário de fechamento do mercado, as maiores altas do Ibovespa eram lideradas pelas ações preferenciais da série B (PNB, sem voto) da Eletrobras, com avanço superior a 13%, e pelos papéis ordinários (ON, com voto) também da Eletrobras, com mais de 10% de valorização, seguidas por Marfrig ON, Vale ON e Natura ON, todas ganhando mais de 9%. Petrobras PN também ganhava 4,20%, assim como Vale PNA, 5,18% e Petrobras ON, 4,12%.

Já as maiores quedas do índice ficavam com Kroton ON e Braskem PNA, com mais de 4% de perda, Souza Cruz ON e Cosan ON, caindo mais 3%, e Estácio ON, com recuo de mais de 2,5%. ItaúUnibanco PN, que divulgou hoje lucro líquido de R$ 5,7 bilhões no primeiro trimestre do ano e revisou para baixo suas projeções de crédito para 2015, perdeu 0,98%.

Estrangeiros

Em abril, os investidores estrangeiros trouxeram para a Bovespa R$ 7,605 bilhões, valor equivalente ao saldo positivo entre compras e vendas de ações brasileiras. É o maior saldo mensal de estrangeiros registrado pela bolsa brasileira, superando os R$ 7,168 bilhões de janeiro de 2012.

Mercados Internacionais

Nos Estados Unidos, os investidores repercutiram a recuperação do setor serviços do país, que acelerou para 57,8 em abril, contra 56,5 em março. O resultado foi o melhor desde novembro do ano passado, segundo o índice do Instituto dos Gerentes de Suprimentos (ISM, na sigla em inglês). O movimento de alta do segmento também foi registrado pelo Índice de Gerentes de Compras (PMI) do Markit, de 59,2 em março para os atuais 57,4. Já a balança comercial dos EUA teve déficit de US$ 51,4 bilhões em março, o maior desde a crise financeira de 2008, despertando preocupação com o impacto da valorização do dólar nas receitas das empresas exportadoras americanas e nas que têm subsidiárias no exterior. Às 18h05, o Dow Jones caía 0,79%, o Standard & Poor’s 500 perdia 1,18%, seguido pelo indicador da bolsa eletrônica Nasdaq, 1,55%.

Em meio às notícias de que a Grécia intensifica suas relações diplomáticas para melhorar suas negociações com credores e ao corte das projeções de crescimento do país, o Stoxx 50, que reúne as 50 ações mais líquidas da Europa, perdeu 2,38%. O Financial Times, de Londres, também recuou 0,84%, seguido pelo CAC, de Paris, 2,12%, e pelo DAX, de Frankfurt, 2,51%. A estimativa para o PIB da Grécia foi revisto de 0,5% este ano, após 0,8% de alta no ano passado. A previsão para a zona do euro passou de 1,3% para 1,5% este ano.

O petróleo WTI, negociado em Nova York, manteve sua trajetória de valorização, com alta de 2,56%, a US$ 60,44, acompanhado pelo barril do tipo Brent, de Londres, que subiu 1,67%, a US$ 67,56. Na contramão, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou hoje a terceira queda consecutiva da produção da commodity no Brasil. Foram 2,413 milhões de barris por dia, uma baixa de 0,7% em março, ante o mês anterior.

Dólar e Juros

A divisa americana no segmento comercial fechou o dia com baixa de 0,35%, para R$ 3,07 na venda, enquanto o dólar turismo, das passagens aéreas e dos cartões de crédito, perdeu 0,30%, sendo vendido a R$ 3,25. Já as taxas de juros DI futuros para 2016 ficaram estáveis em 13,68% ao ano. Os negócios com vencimento em janeiro de 2017 tiveram taxas de 13,51%, ante 13,54% ontem. No longo prazo, as taxas dos contratos válidos até o início de 2021 avançaram de 12,86% para 12,71%.

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